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Na Amazônia Legal, 74% dos focos de calor são em MT

Na Amazônia Legal, 74% dos focos de calor são em MTMato Grosso está em chamas e Colniza lidera registro de queimadas. Foto: Reprodução

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Análise do Instituto Centro de Vida (ICV), elaborada com base em dados da plataforma Global Fire Emission Database (GFED/NASA), indica que 74% dos focos de calor da Amazônia Legal foram registrados em Mato Grosso, entre janeiro e agosto deste ano.  Para o ICV, o Estado tem tendência de desmatar e, depois, utilizar o fogo para limpar essas áreas, segundo o G1.

Os dados coletados pelo instituto mostram que na Amazônia Legal já foram queimados mais de 3 milhões de hectares, sendo 28% deste total no Mato Grosso.

“O bioma da Amazônia tem sido o mais atingido no estado, sendo responsável por 74% dos focos de calor. Mesmo que o fogo tenha sido colocado em área aberta e de pastagem, pelo tempo seco e pelas condições do vento e baixa umidade, se propaga também para dentro da floresta”, disse o coordenador de inteligência territorial do ICV, Vinicius Silgueiro.

Segundo ele, Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, lidera os índices registrados de queimadas neste ano. Depois, vêm Nova Bandeirantes, Aripuanã, Marcelândia e Apiacás.

“Esse período de seca é a época que quem fez a queimada durante o período chuvoso aproveita para colocar fogo porque as condições são mais propícias, como a queima de forma rápida”, afirmou.

Áreas de foco de calor em Mato Grosso. Foto: ICV

A boa notícia é que o Pantanal foi o bioma menos atingido por queinadas neste ano. De acordo com Silgueiro, isso se deve a ações de organizações, como as brigadas comunitárias, para evitar tragédias como a de anos anteriores..

“É fundamental que tenha fiscalização, responsabilização por aquele que cometeu o crime, mas também é fundamental que tenham um trabalho de assistência técnica, orientação aos produtores de adoção de melhores práticas produtivas que dispensem o uso do fogo, para que assim a gente possa ter a longo prazo, um desenvolvimento de modo sustentável”, disse o coordenador.

Ainda conforme o instituto, 60% das áreas queimadas estão em imóveis rurais privados para fins agropecuários.

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