O potencial de geração de receitas com créditos de carbono para o Brasil, até 2030, subiu de US$ 100 bilhões para até US$ 120 bilhões. Essa é a conclusão da segunda edição do estudo “Oportunidades para o Brasil em Créditos de Carbono”, feito pela ICC Brasil ( Câmara de Comércio Internacional) em parceria com a WayCarbon.
“O Brasil certamente terá um papel ainda mais importante na agenda climática e precisa estar preparado para aproveitar todas as oportununidades e alavancar todas as suas vantagens competitivas. Uma das principais oportunidades que se destacam no país é o mercado de crédito de carbono. Apesar de ser uma ferramenta da transição, ele tem a capacidade de incentivar empresas a diminuírem suas emissões, tornando-se emissoras de créditos e auxiliar empresas cuja transição será um pouco mais demorada”, afirma o relatório.
Se, em 2021, o estudo de potencial econômico para o Brasil em mercados de carbono destacava que o país poderia ganhar até US$ 100 bilhões em receitas até 2030 , tendo capacidade de suprir até 22% da demanda global do mercado de carbono regulado e 37,5% da demanda global do mercado voluntário, nesta versão, identificamos que o potencial do Brasil é de suprir até 28% da demanda global do mercado regulado e 47,8% do mercado voluntário até 2030, obtendo até US$ 120 bilhões em receitas – um aumento nada irrisório
Além de avaliar o mercado nacional de carbono, o relatório destaca também as principais barreiras de se alcançar os potenciais do Brasil nesse setor
Dentre as recomendações para o governo brasileiro, o estudo afirma que “é imprescindível que o governo brasileiro se posicione a favor e aja com urgência”, trazendo definições claras para os Estados sobre projetos e procedimentos para implementação; e aproveitar o movimento de preparação para um mercado regulado no Brasil.
A expectativa é de que as principais conclusões possam oferecer subsídios para negociadores, formuladores de políticas, comunidade empresarial e sociedade de forma ampla, em preparação para a COP27 e outros fóruns relevantes.
Fonte: ICC Brasil