Depois da União Europeia, os EUA também se movimentam para restringir a importação de commodities originadas de áreas desmatadas. De acordo com o Valor, o Departamento de Estado abriu uma consulta pública para identificar os meios mais efetivos para limitar ou remover esse tipo de mercadoria e incentivar a compra de commodities produzidas de forma sustentável. O Canal Rural também repercutiu a informação.
Um dos pontos estudados pelo governo norte-americano é a abrangência da medida – ou seja, se todas as chamadas “soft commodities” deverão respeitar essas exigências ou se apenas algumas, como carne bovina, soja, café e óleo de palma. Outro ponto é a inclusão de produtos derivados, o que ampliaria significativamente o impacto da proposta.
O Brasil é um dos alvos potenciais dessa restrição. Somente em 2021, o país exportou cerca de US$ 3 bilhões nessas commodities para os EUA, o que representou 10% da pauta de exportação brasileira para o mercado norte-americano.
No mês passado, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução que estabelece restrições à importação de produtos que tenham relação com desmatamento ocorrido depois de dezembro de 2021. A medida pretende diminuir a “pegada” indireta de carbono da UE, impedindo a entrada de produtos com alta intensidade carbônica no mercado europeu, o que serviria para um duplo propósito – incentivar os produtores que respeitam as regras ambientais do bloco e evitar que os consumidores europeus impulsionem a destruição florestal nos países em desenvolvimento.