Nesta semana, quando as configurações da nova gestão do nosso país começaram a se desenhar, foi possível que diversos setores pudessem projetar expectativas de investimento, ampliação e colaboração. Ao assumir o Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro comprometeu-se a pacificar o setor e manter diálogo permanente com outros ministros como Marina Silva, do Meio Ambiente, e Paulo Teixeira, Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
A agenda da sustentabilidade, urgente e global, pode trazer investimentos para o Brasil, como disse a nova ministra. Segundo ela, “todos” os outros países “estão interessados no Brasil para produção de energia verde”, segundo o Valor Investe.
“Quando você não se dá conta de questões ambientais perde oportunidades”, disse Marina, para quem o “Brasil precisa fazer o dever de casa pra não prejudicar a agroindústria”. A ministra destacou, por exemplo, o potencial de produção de hidrogênio verde no país.
E o agro brasileiro tem muito a contribuir com isso. Em seu primeiro dia de trabalho, o ministro Fávaro teve uma agenda intensa. Recebeu o vice-diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO Américas), Mario Lubetkin, com quem tratou sobre as oportunidades de desenvolvimento sustentável do nosso agro. Em sua conta no Instagram, Carlos Fávaro registrou o encontro.
“Destaquei desde a minha posse que a nossa missão é reconstruir pontes e mostrar para o mundo que nosso agronegócio tem potencial, capacidade e responsabilidade para continuar se desenvolvendo ainda mais de maneira sustentável”
O ministro também se encontrou com a vice-primeira ministra e ministra da Economia da Ucrânia, Yulia Svrydenko. Na pauta, a possibilidade de importação de fertilizantes pelo Brasil.
Novas configurações
Nas novas configurações, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) deixam o Mapa para integrarem a pasta de Desenvolvimento Agrário, como destacou o Canal Rural.
Já o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), criado em 2006 dentro do Ministério do Meio Ambiente para gerir a concessão de florestas públicas, volta às origens , depois de passar quatro anos dentro do Ministério da Agricultura.
Com isso, o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é vinculado ao SFB, também passa a ser de responsabilidade do Meio Ambiente . O CAR “é um registro público eletrônico nacional, obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento”.