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Cresce expectativa de ampliação do Fundo Amazônia

Cresce expectativa de ampliação do Fundo AmazôniaVirginijus Sinkevičius, da União Europeia, e Marina Silva. Foto: Reprodução/Twitter

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A presença de Marina Silva no Fórum Econômico Mundial, em Davos, é central para debater temas que acendem alertas globais como a preservação das florestas, a sustentabilidade e o futuro do planeta. A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA) vem se reunindo com lideranças para além da programação do evento. Nesta quinta, 19/1, ela compartilhou em sua conta no Twitter o registro que Virginijus Sinkevičius, comissário de Meio Ambiente da União Europeia, fez de seu encontro. Os diálogos visam a ampliação dos recursos do Fundo Amazônia.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Marina disse que não se prende a uma cifra na intenção de captar mais investimentos.

“O potencial de ampliação do fundo é muito grande. Neste momento, nós estamos identificando vários parceiros e prospectando formas de ampliar esses aportes por meio da iniciativa privada, da filantropia e dos governos”, afirmou a ministra ao jornal.

Marina lembrou do interesse de nomes de prestígio, como o ator  Leonardo DiCaprio, conhecido pelo engajamento ambiental, e o empresário Jeff Bezos, CEO da Amazon, em investir e publicizar a causa.

“Em jantar com WWF já pude ver outros parceiros interessados em ajudar o Fundo Amazônia, que é um sucesso, disruptivo e virou um endereço certo da cooperação com o Brasil”, disse à Folha.

O professor da USP e climatologista brasileiro Carlos Nobre, também presente na Suíça, acredita que o Fundo Amazônia criado em 2008 com US$ 1,2 bilhão doados pela Noruega e pela Alemanha pode ter um investimento dez vezes maior com sua retomada.

“A meta de chegar a US$ 10 bilhões em doações para o Fundo Amazônia é totalmente factível Este é o volume de investimento mínimo de que precisamos para salvar a Amazônia e construir uma nova bioeconomia de floresta em pé”, afirmou.

Para ele, por uma questão emergencial, neste primeiro momento, o dinheiro do fundo deve ser usado para atividades operacionais como a fiscalização e o fortalecendo da atuação do Ibama e da Polícia Federal. Depois disso, o foco deve ser no investimento em grandes projetos de restauração na Amazônia, tanto de reflorestamento como de regeneração natural.