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Mapa debate modelos para financiar descarbonização na agropecuária

Mapa debate modelos para financiar descarbonização na agropecuáriaBrasil pode ser liderança global na descarbonização. Foto: Guilherme Martimon/Mapa

Ministério da Agricultura alinha parcerias para o agro sustentável
Tecnologia e diversificação são chave para MT liderar mercado de carbono
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta contribui para descarbonização e saúde do solo

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já começou a discutir novos modelos de financiamento para a adoção de práticas de produção sustentável. Segundo a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Mapa, Renata Miranda, a ideia é aproximar o produtor, o setor privado e os interessados na capacidade que o Brasil tem em mitigar a emissão de carbono.

“Vamos modelar uma prática de crédito que vai disponibilizar taxas de juros menores quanto maior for o apetite do produtor em adotar tecnologias sustentáveis. Podemos ser protagonistas desse mercado no mundo através da descarbonização da agricultura. Temos muito a trabalhar mas com certeza temos muito a produzir nesse setor”, explicou Renata Miranda.

O ministro Fávaro pontuou que a descarbonização da agricultura brasileira deve ser implementada com prioridade no Brasil.

Liderança global

O sequestro do carbono no solo depende de fatores como cobertura vegetal, práticas de manejo e classes de solo. A adoção de práticas agrícolas sustentáveis como o Sistema de Plantio Direto e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta pode aumentar o estoque de carbono do solo, reduzindo a liberação do gás carbônico na atmosfera.

“O Brasil está muito bem posicionado, todas as ferramentas e oportunidades estão aí e está na hora de implementar isso. Hoje existem oportunidades de conseguir o financiamento e os sinais do mercado necessários para fazer essa transição”. afirmou  Daniel Nepstad.

O diretor do Earth Innovation Institute acredita que o Brasil pode ser uma liderança global na descarbonização da produção de alimentos. Já o sócio da Taxo Agroambiental endossou que devemos avançar na busca de procedimentos de quantificação e identificação do carbono no solo, especialmente no carbono do solo do Cerrado, onde o país domina a tecnologia com maestria.

Fonte: Mapa