Em entrevista ao Valor Econômico, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, falou sobre a reunião que aconteceu na terça-feira, 7/3, entre técnicos da sua pasta e autoridades chinesas. Há a expectativa de que seja a última antes da retomada das vendas de carne bovina brasileira após o caso atípico do mal da vaca louca.
“A China evidentemente deve terminar suas análises e esperamos que o mais rápido possível possamos restabelecer o mercado brasileiro”, disse.
De acordo com o jornal, as autoridades já sinalizaram que não devem exigir visita presencial das autoridades brasileiras à China para a retomada.
Fortalecendo as relações
Fávaro deve integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que vai ao país asiático no fim do mês. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu que o caso registrado no Pará foi atípico e manteve o status de país com risco insignificante para a doença.
O ministro afirmou que a provável retirada da suspensão dos embarques para a China fará com que os outros países que colocaram embargos aos negócios (Jordânia, Irã, Tailândia e Rússia, que colocou restrições para a carne do Estado do Pará, em específico) devem abrir seus mercados imediatamente.
“Quanto antes levantar o embargo, menor o prejuízo”, explicou.
O ministro da Agricultura ponderou que, se o período de mercado trancado não for longo, o setor exportador pode recuperar o ritmo dos negócios ao longo do ano.
“É factível que (o mercado exportador) se recupere durante o ano e para ganharmos novos mercados, objetivo de cadastrar mais plantas”, concluiu.