A comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encerrou, na quarta-feira, 29/3, sua missão oficial na China, com a participação no “Seminário Econômico Brasil-China”. O evento contou com a presença de autoridades governamentais e empresários dos dois países. Na abertura do evento, o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, comemorou os resultados da visita, destacando a suspensão do embargo da venda da carne pela China após 29 dias de negociação, com o cumprimento de todos os protocolos por parte do Brasil.
“Essa rapidez, não precarizando em hipótese alguma a qualidade e a segurança necessária para a relação comercial, mostra a relação afetuosa e profícua entre os dois países. A última vez que aconteceu um caso desses, foram mais de 100 dias para o embargo ser levantado”, disse.
Fávaro também celebrou a habilitação de quatro novas plantas frigoríficas brasileiras para exportar para a China, o que não ocorria desde 2019, além da retomada de duas plantas frigoríficas que estavam suspensas.
“Temos hoje mais de 50 plantas frigoríficas cadastradas para serem avaliadas pelo governo chines . As oportunidades estão postas na mesa e tenho certeza de que teremos mais produtos comercializados com a China”, pontuou.
Também houve avanços na negociação de outros produtos como algodão, milho, uva fresca, noz pecan, sorgo e gergelim.
Durante a visita na China, a delegação do Mapa recebeu uma carta da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC) reconhecendo a qualidade, a segurança e a credibilidade do sistema de defesa brasileiro.
“Para nós foi um motivo de grande orgulho e fortalecimento da nossa parceria”, explicou Fávaro, ressaltando que a carta será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sustentabilidade e o agro do futuro
Outra pauta da agenda do Mapa na China foi a sustentabilidade. O ministro lembrou que o Brasil tem grande potencial de crescimento da produção sustentável, mas ainda faltam investimentos nesta área. Segundo ele, o BNDES está formatando uma linha de crédito com taxas de juros equacionadas para aumentar a produção sustentável no Brasil.
Durante a viagem, a equipe técnica do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) visitou a Universidade de Agricultura da China (CAU) e a Syngenta Grupo China. Com o objetivo de fortalecer as parcerias técnico-científicas para o aumento da produção brasileira de forma sustentável, Carlos Fávaro conheceu os principais centros de pesquisa de agricultura da Ásia.
Na CAU, considerada a segunda melhor do mundo na área, foi reforçada a intenção de fortalecer a cooperação técnica visando a segurança alimentar de ambos os países. Com laboratórios de agronomia e medicina veterinária, a CAU promove pesquisas que podem auxiliar o Brasil no desenvolvimento de sua agropecuária.
No mesmo sentido, a delegação brasileira, que também contou com a participação de empresários do setor, esteve na Syngenta Grupo China para conhecer as mais recentes pesquisa em melhoria genética.
Na sede do grupo na China, a equipe do Mapa conheceu as técnicas de pesquisas que estão sendo desenvolvidas e também o selo MAP, que garante a rastreabilidade de diversos alimentos, assim como ocorre no algodão brasileiro, agregando valor à produção.
Fonte: Mapa