A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aplicou R$ 818.464,32 em multas e embargou três empreendimentos por estoque de madeira sem origem legal e em desconformidade com o saldo declarado no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora). As madeireiras estão localizadas no distrito de Três Fronteiras, na cidade de Colniza, a 1.067 km de Cuiabá. A ação faz parte da Operação Amazônia.
As equipes atuaram entre 1/5 e 12/5. Já o relatório apontando as ilegalidades foi concluído na segunda-feira, 15/5. Foi constatada movimentação fraudulenta de créditos de madeira, em desacordo com os registros inseridos no sistema de controle de crédito florestais.
A fiscalização apreendeu o total de 755,4657 m³ de madeira em toras, 338,1123 m³ de madeira serrada e bloqueou de aproximadamente 400,00 m³ em créditos virtuais do Sisflora. Provavelmente, estes créditos seriam utilizados para “esquentar” madeira – o termo significa dar aparência de legalidade ao produto florestal de desmatamento ilegal.
Foram identificadas as seguintes infrações: inserção de informação falsa em sistema oficial de controle de créditos florestais, operação em desacordo com a licença, comércio irregular de créditos florestais, ter em depósito madeira serrada e em toras sem origem legal e descumprimento de notificação emitida pelo órgão ambiental.
A Sema-MT bloqueou os empreendimentos no Sisflora e segue monitorando as informações referentes aos créditos florestais para coibir ilegalidades.
Extração ilegal e desmatamento
A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) da Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, 16/5, a Operação Ronuro para cumprir de 22 mandados judiciais contra uma associação criminosa que vinha agindo na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região Norte do Estado (os municípios Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso).
A ação conta com apoio da Sema e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais. Além dos mandados de busca e apreensão, os locais onde funcionam as madeireiras serão bloqueados e terão as atividades suspensas, até o término das investigações.
A área conta com uma biodiversidade de extrema importância para o meio ambiente e este tipo de ação humana, quando excede os limites da lei, prejudica o espaço natural e as espécies que ali vivem, além da sociedade como um todo”, destacou a delegada titular da Dema, Liliane Murata
A delegada acrescentou que a operação visa à responsabilização criminal dos investigados pela prática de ilícitos ambientais que prejudicaram a estação ecológica.
Fonte: Governo de MT