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Lula fala em política unificada para exploração sustentável da Amazônia

Lula fala em política unificada para exploração sustentável da AmazôniaPresidente também cobrou de países ricos compromisso ambiental. Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar, no domingo, 21/5, em zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Ele  disse que isso não significa transformar o local em um “santuário”, mas encontrar possibilidades de exploração sustentável. Para isso, defendeu uma política unificada dos países amazônicos.

“Quem mora na Amazônia tem direito a ter os bens materiais que todo mundo tem, não é para transformar a Amazônia num santuário”, explicou.

Para Lula, é preciso uma política séria, que envolva também os povos indígenas, para evitar o desmatamento na região e, ao mesmo tempo, garanta a sobrevivência das 28 milhões de pessoas que lá vivem.

Lula deu as declarações em Hiroshima, no Japão, onde participou de reunião do G7. A temática ambiental e de controle das mudanças climáticas é um dos temas com maior capacidade de projetar o Brasil globalmente. Por isso, o presidente sempre fala sobre o assunto quando tem compromissos internacionais.

O presidente disse que o país “está de volta” ao cenário internacional e quer ajudar o mundo a cumprir as metas de combate a mudanças climáticas. Segundo ele, o Brasil tem “autoridade moral” para discutir o tema com o mundo.

Cobrança a países ricos

Lula voltou a cobrar que os países ricos cumpram seus compromissos sobre mudanças climáticas, mas disse que as ações do Brasil independem disso.

“O Brasil vai fazer por conta própria aquilo que o Brasil tem que fazer. Preservar a Amazônia é dever e responsabilidade do povo brasileiro”, declarou.

De acordo com ele, é necessária uma governança global mais forte para que os acordos costurados entre os países sejam postos em prática. Ele voltou a falar em reformar o Conselho de Segurança da ONU.

Lula também disse que os indígenas são “guardiões da floresta” no Brasil e em países vizinhos. E que terá conversas com os demais países que têm porções de Floresta Amazônica para discutir como preservá-la. Também mencionou a possibilidade de incluir na articulação países de outros continentes que têm biomas semelhantes ao da Amazônia, como Congo e Indonésia.

Fonte: Estadão Conteúdo e Agência Brasil