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Bancos não darão crédito a envolvidos em desmatamento

Bancos não darão crédito a envolvidos em desmatamentoProtocolo já foi assinado por 21 bancos brasileiros. Foto: Agência Brasil

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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou na segunda-feira, 29/5, um protocolo comum de autorregulação para a cadeia da carne bovina, que favorece não apenas o meio ambiente, mas o produtor que possui práticas sustentáveis e terá seus esforços compensados. Agora, os bancos só irão conceder crédito para frigoríficos e matadouros que comprovarem que não compram gado de abate proveniente de áreas de desmatamento ilegal da Amazônia e do Maranhão. As informações foram publicadas pelo Estadão.

Oficialmente, a norma de sustentabilidade será lançada nesta terça-feira, 30/5, de acordo com o jornal. Trata-se de da primeira vez que há um protocolo detalhado para um setor específico da economia, como frigoríficos e matadouros. 21 instituições bancárias no país assinaram o protocolo.  Os bancos que já aderiram à autorregulação deverão exigir dos seus clientes a implementação de um sistema de rastreabilidade e monitoramento até dezembro de 2025. Ou seja, só terá empréstimos quem cumprir a exigência.

“Como um setor estratégico, os bancos não poderiam ficar inertes e apenas acompanhar a distância, um tema crucial para esta e as próximas gerações”, disse Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Desmatamento ilegal

O desmatamento e a degradação dos solos representam aproximadamente 45% das emissões de gases de efeito estufa do país, tornando a mudança no uso do solo a principal fonte de emissões do Brasil. A maior parte ocorre de forma ilegal – mais de 95%, segundo dados do Mapbiomas, para o ano de 2021.

Na COP 26, em Glasgow, o Brasil assinou a declaração de líderes sobre florestas e uso do solo, se comprometendo a eliminar o desmatamento até 2030. O setor público e o provado estão sendo cobrados a dar respostas ao problema sob pena de perderem mercado. A base da cobrança parte do princípio de que não é mais aceitável dissociar o financiamento econômico da responsabilidade efetiva de combate a práticas empresariais que não são sustentáveis.