Por André Garcia
A transição para a “economia verde” está, mais do que nunca, na pauta de grandes empresários e dos governos. Alternativa para o cumprimento de compromissos climáticos, o modelo também responde a demandas financeiras e sociais, podendo fortalecer o crescimento de países como o Brasil.
Os caminhos para isso serão abordados nos dias 21/6 e 22/ na Conferência Panamazônica de Bioeconomia, que reúne mais de 200 especialistas locais e internacionais em Belém (PA).
Representantes dos nove países amazônicos discutirão estratégias para reverter o prejuízo causado pela perda de biodiversidade, pelo aquecimento do Planeta e pela marginalização dos povos tradicionais.
As soluções vão de negócios indígenas até o alinhamento sobre as crescentes oportunidades de financiamento para apoiar um modelo de bioeconomia sustentável. Além disso, durante o encontro será discutida a criação de uma rede internacional de bioeconomia.
Todas as propostas farão parte de um documento que será apresentado aos chefes de estado destes países durante a Cúpula da Amazônia, prevista para acontecer em agosto de 2023, também em Belém. Foi o que explicou a vice-presidente sênior para as Américas da Conservação Internacional (CI) Rachel Biderman.
“A conferência reunirá uma grande quantidade de atores de diversos segmentos dos países amazônicos para construir uma visão que viabilize economias socialmente inclusivas, compatíveis com a proteção da biodiversidade,e com a preservação de 80% da Amazônia para evitar seu ponto de não retorno.”
Para a diretora de Presença Global e Ação Nacional do World Resources Institute (WRI), Adriana Lobo, este é um passo crucial para dar escala à bioeconomia a nível panamazônico.
“É um testemunho do crescente impulso e do compromisso das partes interessadas dos vários setores para redefinir os paradigmas econômicos e o avanço da agenda de bioeconomia sustentável na região”, concluiu.
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