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Após quatro anos de estiagem, Pantanal vive as cheias

Após quatro anos de estiagem, Pantanal vive as cheiasBioma vê desafios nos extremos. Foto: Paulo Robson de Souza/UFMS

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Foram pelo menos quatro anos de estiagem extrema enfrentadas pelo Pantanal combinadas a temperaturas altas, queimadas, solo árido e muitas perdas para o bioma. As cheias estão trazendo de novo a vida da fauna e da flora, mas também podem gerar prejuízos e mortes de alguns animais. As informações são do Globo Rural.

Há mais de 10 anos, o Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas) está analisando os atropelamentos de animais silvestres, como jacaré, tatu, cachorro-do-mato, capivara e os tamanduás mirim e bandeira, um problema que chega com a água. Como solução, um estudo sugere cercamento da rodovia nos pontos onde houve maior registro de colisões.

Outro alerta das cheias vale para os peixes, uma vez que toda a vegetação aquática acaba se decompondo, gerando gás carbônico e diminuindo a quantidade de oxigênio na água. Com isso, a água fica tóxica para os animais, que procuram chegar até a superfície para obter mais oxigênio, mas muitos não resistem e morrem.

Vidas que se renovam

As cheias do Pantanal também trazem o retorno da fauna e da flora. Seu ecossistema de áreas úmidas proporciona ambientes bastantes produtivos em termos de diversidade. As aves aquáticas, como tuiuiú, da cabeça-seca, dos colhereiros e dos maçaricos, já voltam a se tornar mais comuns na paisagem pantaneira.