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Projeto referência de agrofloresta é apresentado a produtores familiares

Projeto referência de agrofloresta é apresentado a produtores familiaresProdução recupera áreas degradas e auxilia na diversificação de renda. Foto: Empaer

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Com a participação de 150 pessoas, entre agricultores familiares, gestores e moradores, o Dia de Campo “Da agrofloresta ao chocolate”, realizado no município de Aripuanã (a 1.002 km), fechou o ciclo de atividades do projeto “Sistemas agroflorestais manejados participativamente com tecnologias agroecológicas”.

Coordenado pela Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural), o Dia de Campo mostrou como a iniciativa vem fomentando o uso de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em propriedades de agricultura familiar e terras indígenas da Região Nororeste com a garantia de uma produção que respeita o meio ambiente e recupera áreas degradas e, ao mesmo tempo, auxilia na diversificação de renda de produtores.

Realizado na sexta-feira, 21/7, no Sitio Estrela Celeste, propriedade do casal Marcos dos Santos Tizziani e Aline Gomes Leite Tizziani, localizada no Assentamento Medalha Milagrosa, o Dia de Campo teve entre os participantes o produtor Carlos Andretti, que já produz 4,5 mil pés de cacau, no município de Juruena.

Ele destaca que a troca de experiência junto a outros produtores foi o grande diferencial.

“Já tive 14 mil pés de cacau e outras frutas, mas perdi em um incêndio. Hoje, com 1,5 mil pés de cacau clonal e 3 mil híbridos sei que estou no caminho certo, além do consolo e com as expectativas renovadas”.

Quem também saiu animado do Dia de Campo foi Eder Gomes Nascimento que é vizinho do Marcos Tizziani.

“Ver todo esse avanço na propriedade que está desde o inicio participando do projeto é de encher os olhos. Tenho 16 hectares e já estou trocando informações  para começar a investir na minha propriedade com a produção de banana e cacau”, disse ele.

O coordenador do projeto, engenheiro agrônomo da Empaer Fabrício Tomaz Ramos, explica que o dia de campo fecha um ciclo de atividades que estão sendo desenvolvidos há dois anos com assistência técnica de forma continuada. “Nesse período, aprendemos juntos com erros e acertos, além dos ajustes necessários”.

Segundo Tomaz, o desafio agora é buscar a viabilidade de uma segunda fase da iniciativa com foco inovador de criar a primeira marca de chocolate produzido por agricultores familiares de Mato Grosso, por meio de uma cooperativa.

“Vamos traçar um plano de ação para identificar potenciais produtores que já produzem o cacau e ajudar a fomentar a cultura em outros municípios com novos personagens”.

Sobre o Projeto

A iniciativa é apoiada pelo Programa REM, executado pela Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão do Norte de Mato Grosso (Faepen). Coordenado pela Empaer-MT recebeu apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), e da Prefeitura Municipal de Aripuanã. O projeto também contou com apoiadores da UFMT, Unemat, Embrapa e  Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ).

O Programa REM beneficia aqueles que contribuem com ações de conservação da floresta e fomenta iniciativas que estimulam a agricultura de baixo carbono e a redução do desmatamento. O programa também é coordenado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e tem como gestor financeiro o Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio).

Fonte: Empaer-MT