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Brasil é protagonista em biocombustíveis

Brasil é protagonista em biocombustíveisProdução de cana-de-açúcar é uma das que aquecem o setor. Foto: Wikimedia Commons

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O Brasil pode se beneficiar da demanda mundial por biocombustíveis, com a soja e o milho se destacando no setor energético. A avaliação é de Felipe Marques, diretor financeiro da Boa Safra Sementes.

“Estive nos Estados Unidos e fiquei surpreso com a briga pelo biodiesel, a demanda. O milho para o etanol e a soja para o diesel, é uma nova demanda que nem sei onde podem chegar. Além dos alimentos, essas commodities vieram para competir no mundo de energia. A capacidade é imensa, e vemos o Brasil como protagonista para suprir essa demanda”, afirmou Marques, durante participação no evento Nomos Agro Summit, na segunda-feira, 31/7.

O executivo diz que o Brasil também pode se beneficiar da exportação de milho por conta das questões geopolíticas entre Estados Unidos e China, o que deixa os americanos mais concentrados no mercado interno.

“Milho é mais sensível, tem volatilidade, mas nos últimos anos vem competindo com a soja em rentabilidade e tem mais potencial de crescimento”, afirma.

Estímulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) aprovou um acréscimo de R$ 1,5 bilhão para o programa RenovaBio, totalizando R$ 3,5 bilhões em recursos disponíveis para o setor de biocombustíveis. Essa medida visa atender à demanda do setor por crédito ASG (Ambiental, Social e Governança) até o final de 2024. O objetivo é incentivar o desenvolvimento e a expansão dos biocombustíveis no Brasil. As informações são com Globo Rural.

Com a redução da taxa inicial de juros e a definição de metas de acordo com o nível de eficiência energética do cliente, mudanças implementadas para o biênio 2023-24, estamos conseguindo atingir uma parcela ainda maior do setor de biocombustíveis e, com isso, amplificamos o impacto do Programa BNDES RenovaBio na descarbonização do setor”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em comunicado.

A instituição  projeta uma melhoria no desempenho energético-ambiental nas operações já contratadas. Com o apoio ao conjunto de usinas, será possível produzir biocombustíveis que evitarão emissões de 3,4 milhões de toneladas de carbono por ano. Esse volume representa um aumento de 14% em relação à contratação inicial das operações.

Expansão dos negócios

Faltando metade para a conclusão da colheita da cana-de-açúcar da safra de 2023/24, a previsão de produção de moagem da maior companhia de produção de biocombustível e açúcar do Brasil, a Raízen, para Mato Grosso do Sul é de 10 milhões de toneladas (a safra anterior contabilizou 9,1 milhões de toneladas de moagem). De acordo com dados da Biosul, a produção de Mato Grosso do Sul deve atingir 47 milhões de toneladas de cana, uma recuperação de 10% em relação ao último ciclo. As informações são do G1. 

“Existe uma expectativa para ampliar os produtores, atualmente contamos com 25 fornecedores. Hoje temos nossas ofertas de valores para incentivar nossos parceiros, procuramos um crescimento com a companhia, fazemos o trabalho de pesquisa de mercado, de divisão, temos um potencial de crescimento enorme em Mato Grosso do Sul”, disse Marcel Wigman, gerente de Negócios Agrícolas da empresa.

 

Com informações do Estadão Conteúdo