Por André Garcia
Considerando a proporção populacional, Mato Grosso foi o Estado brasileiro que mais gerou novos empregos no primeiro semestre de 2023. Dos 10,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada ocupados no último mês, 4,7 mil dizem respeito ao setor do agronegócio, base econômica do Estado, que tem 3,6 milhões de habitantes.
Os números são do Observatório do Desenvolvimento e foram divulgados na segunda-feira, 31/7, pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), que atribui o bom resultado à safra recorde de grãos de Mato Grosso, estimada em 100 milhões de toneladas no ano agrícola 2022/2023.
No cenário nacional, as proporções de vagas por habitantes são de 0,29% em Mato Grosso; 0,12% em Minas Gerais e 0,08% em São Paulo. Isso significa que Minas Gerais (20,5 milhões de habitantes), contratou 25,5 mil trabalhadores, enquanto em São Paulo (4,4 milhões de habitantes), foram gerados 36,4 mil novos empregos formais.
Além disso, a porcentagem mato-grossense supera a de todos os estados da região Sul juntos, além dos três maiores do Nordeste (Bahia, Pernambuco e Ceará).
No Estado, atrás da agropecuária está o setor de serviços, que empregou 2,5 mil trabalhadores nos seis primeiros meses do ano, seguido pela indústria, com a contratação de 1.178 pessoas, pelo comércio (1.150) e pela construção civil (1.038).
Divididos entre 9.186 homens e 1.494 mulheres, os contratados, em sua maioria, têm idades entre 18 e 24 anos e completaram o ensino médio, conforme informações levantadas pela Pasta junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O papel do agronegócio
O papel do agro na geração de emprego também podem ser explicado pelo aumento populacional registrado em Mato Grosso recentemente. Como mostrado recentemente pelo Gigante 163, dados preliminares do Censo de 2022 apontam o crescimento de até 60% entre os municípios de 2020 a 2022.
Neste contexto, os dez que mais cresceram tem como base econômica a agropecuária, que é responsável por 56,2% do PIB do Estado.
O governo estadual também avalia que os índices de empregabilidade resultam de ações para a garantia de mais segurança jurídica aos investidores, combate ao desmatamento ilegal, incentivo de práticas de produção associada à sustentabilidade, além dos investimentos em infraestrutura, educação e na saúde pública, fundamentais para atrair novos empreendimentos.
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