A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para o mês de outubro é de chuvas abaixo da média histórica nas Regiões Norte e Nordeste, com volumes inferiores a 70 milímetros (mm), e um pouco acima da média na faixa oeste e sul da Região Norte, com previsão de acumulados abaixo de 140 mm.
Conforme boletim do instituto, a falta de chuva vai manter baixos os níveis de água no solo nas áreas do Matopiba (Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), levando a um possível atraso na semeadura dos cultivos de primeira safra de grãos. Esse cenário poderá causar restrição hídrica aos cultivos de terceira safra em áreas do Sealba (Estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia), mas favorece as operações de colheita.
Em Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, os volumes devem ser inferiores a 160 mm, já em áreas do Centro-Oeste e Sudeste a chuva será abaixo da média, com acumulados inferiores a 100 mm. Os níveis de água no solo ainda podem continuar baixos no Brasil Central, o que poderá favorecer a finalização da safra de grãos 2022/23, mas afetará a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra na faixa que se estende desde Mato Grosso até o Espírito Santo.
Já em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a umidade no solo será suficiente para atender às fases iniciais da safra 2023/24. Na Região Sul, há previsão de chuva acima da média, principalmente no centro-oeste do Rio Grande do Sul, parte central de Santa Catarina e extremo sul do Paraná, onde os volumes previstos podem superar 250 mm.
Esse cenário beneficiará os cultivos de inverno em enchimento de grãos e maturação, além das fases iniciais dos cultivos de primeira safra. Em algumas áreas afetadas pelo excesso de chuva, pode haver excedente hídrico, interferindo na colheita de inverno, além de favorecer a incidência de doenças fúngicas e impedir o avanço da semeadura dos cultivos de primeira safra. As temperaturas na região devem ser próximas ou um pouco abaixo da média. Em grande parte do País, ficarão acima da média.
Fonte: Estadão Conteúdo