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Cuiabá está no top 10 das maiores temperaturas registradas no Brasil

Cuiabá está no top 10 das maiores temperaturas registradas no BrasilMato Grosso quebrou recorde histórico de calor. Foto: Climatempo

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Na tarde de quinta-feira, 19/10, a capital do Mato Grosso ultrapassou a marca dos 44,2°C. Ela entrou para a lista das 10 maiores temperaturas já registradas oficialmente no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essa é a maior temperatura da história de Cuiabá. As informações são do g1. 

O Inmet informou que este é um recorde histórico de calor,  já que a cidade superou a marca de 44°C registrado em 30 de outubro de 2020, quando o Brasil viveu uma das ondas de calor mais intensas já registradas. A última vez que a capital mato-grossense teve recorde histórico de calor foi em 1911.

Confira as 10 maiores temperaturas registradas no Brasil, até quinta-feira, 19/10:

– 44,8°C em Nova Maringá (MT) no dia 4 de novembro de 2020 e 5 de novembro de 2020;
– 44,7°C em Bom Jesus do Piauí (PI) no dia 21 de novembro de 2005;
– 44,6°C em Bom Jesus do Piauí (PI) no dia 18 de novembro de 2005;
– 44,6°C em Orleans (SC) no dia 6 de janeiro de 1963;
– 44,6°C em Água Clara (MS) no dia 5 de outubro de 2020;
– 44,5°C em Nova Maringá (MT) no dia 8 de outubro de 2020 e 25 de setembro de 2020;
– 44,3°C em Aragarças (GO) em 9 de outubro de 2020;
– 44,2°C em Cuiabá no dia 19 de outubro de 2023.

Por quê tanto calor?

De acordo com o Inmet, o aumento na temperatura é causado por uma massa de ar quente e seco que está sob parte do Brasil. Mato Grosso pode atingir uma umidade relativa do ar de 20%, o que é prejudicial à saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

O professor de física ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Sérgio Roberto de Paulo, alertou que, daqui a 20 anos, a capital poderá atingir temperaturas de até 50°C. Ele enfatizou a necessidade das próximas gerações se prepararem para um cenário em que enfrentarão temperaturas cada vez mais extremas.

“Desmatar a Amazônia significa que teremos menos água chovendo, a cada ano, na nossa região. Com menos chuvas, a temperatura fica mais intensa”, explicou.

De acordo com o professor, uma saída possível está na mudança do modelo de agricultura, como a adoção de plantações em prédios ou em múltiplos andares, o que aumentaria a produtividade por hectare.

Além disso, Sérgio Roberto enfatizou a importância de iniciativas de reflorestamento de áreas degradadas como uma tentativa de reverter a tendência em direção a um cenário com temperaturas insuportáveis nas próximas décadas.

E o tempo fechou no Mato Grosso do Sul

Enquanto o clima quente e seco persiste no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul foi surpreendida na quinta-feira, 19/10, com chuva de granizo. Na capital, alguns bairros chegaram a ficar sem sem energia. Em Dourados, a situação se repetiu após o temporal, de acordo com o g1.