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Onda de calor “assa” o Centro-Oeste e Cuiabá registra recorde em 112 anos

Onda de calor “assa” o Centro-Oeste e Cuiabá registra recorde em 112 anosNa semana passada, a capital de Mato Grosso ferveu com tanto calor. Foto: Prefeitura de Cuiabá

El Niño é um dos impulsionadores do calorão desta semana
Inmet emite alertas de baixa umidade para 16 Estados e o DF
Onda de calor eleva em até 5°C a temperatura do mês em Goiás

A temperatura passou dos 40°C em muitos pontos da região, com o pior do calor concentrado no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.

O alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitido na sexta-feira, 20/10, indicando uma onda de calor na Região Centro-Oeste se cumpriu. De acordo com o aviso, a temperatura poderia ficar até 5°C acima da média, uma situação de “grande perigo”, segundo o Inmet. O fenômeno deveria durar até hoje, 23/10.

Já na quinta-feira, 19/10, com 44,2°C, Cuiabá, no Mato Grosso, entrou para a lista das 10 maiores temperaturas já registradas oficialmente no Brasil pelo Inmet, informam Globo Rural e Climatempo. Segundo o g1, a última vez que a capital mato-grossense teve recorde histórico de calor foi em 1911, há 112 anos.

Ainda no Mato Grosso, estações automáticas do instituto indicaram na tarde de sábado (21/10) máximas de 42,4°C em Rondonópolis e 41,0°C em São José do Xingu, relata o MetSul. Já no Mato Grosso do Sul, as máximas atingiram 41,3°C em Nhumirim; 41,0°C em Miranda; 40,7°C em Porto Murtinho; e 40,2°C em Corumbá. Goiás registrou 40,5°C em Porangatu e 40,4°C em Aragarças.

O Inmet também alertou que o calor extremo poderia atingir áreas da região amazônica, segundo a Revista Cenarium Amazônia. Na Região Norte, altas temperaturas poderiam ser registradas em partes do Pará, Rondônia e Tocantins. Áreas amazônicas também poderiam registrar mais de 40°C.

No Centro-Oeste, é a segunda onda de calor extremo a atingir a região em 2023. Por isso, além dos eventos sazonais e do El Niño, especialistas creditam as altas temperaturas à crise climática, destaca a Folha.

“Duas ondas de calor extremo em um mesmo ano realmente chamam a atenção. E pegando ainda áreas de repetição”, aponta Estael Sias, meteorologista e sócia-diretora da MetSul.