A pouca chuva que vem prejudicando o cultivo da soja em Mato Grosso também pode causar impacto na semeadura do milho segunda safra. No município de Sorriso, por exemplo, a expectativa é de redução na área destinada à cultura nesta temporada. As informações são do Canal Rural.
Em Nova Mutum, o produtor Cristiano Costa Beber enfrenta dificuldades para concluir o plantio da soja nos 3,8 mil hectares destinados na safra 2023/24. De acordo com ele, faltam 800 hectares para semear. Os trabalhos, entretanto, foram paralisados porque há 17 dias não chove na região.
“Eu vou diminuir uns 20%. A área que vai ser replantada estava programada para plantar milho. Já vamos sair dela. Não tem mais como plantar”, explicou o produtor.
Diogo Damiani, que é delegado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), revelou que a “situação começa a ser delicada”, pois as chuvas recebidas não acontecem de forma generalizada, mas em pancadas. Damiani disse também que há produtores que estão há 25 dias sem ver chuva na região. A falta de umidade no solo é prejudicial para os grãos.
Sadi José Beledelli, presidente do Sindicato Rural de Sorriso, contou que a diminuição de área no milho é tida como certa.
“Você atrasando o plantio da soja agora, consequentemente você atrasa a colheita e na sequência atrasa também o plantio do milho segunda safra. Para você ter uma produtividade boa de milho é bom plantar até 15 de fevereiro. É a melhor janela de plantio”, finalizou.