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Safra 2024 deve ser 2,8% menor por causa do clima, estima IBGE

Safra 2024 deve ser 2,8% menor por causa do clima, estima IBGEMilho e soja devem perder produtividades em função do clima. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

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A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas deve ficar em 308,5 milhões de toneladas em 2024, segundo a primeira estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a produção agrícola brasileira do ano que vem. Conforme afirmou o gerente do órgão, Carlos Alfredo Barradas, ao Globo Rural, a instabilidade do clima é fator determinante.

“O principal motivo (para a queda da produção) é a instabilidade climática. A gente vinha do La Niña em 2022, que é caracterizado por seca no Sul e excesso de chuvas no Norte e Nordeste. Agora, passamos para o El Niño, com chuvas no Sul e seca no Norte e Nordeste. Mas que também traz instabilidade no Centro-Oeste, que responde por mais da metade da produção do país”, disse.

Caso se confirme, a safra deverá ser 2,8% inferior, ou 8,8 milhões de toneladas a menos, à estimada para este ano, de 317 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado em outubro e também divulgado nesta quinta-feira (9) pelo IBGE.

A queda de 2023 para 2024 deverá ser puxada principalmente pelas lavouras da soja, com previsão de queda de 1,3%, ou menos 2 milhões de toneladas, e do milho, que deverá recuar 5,6%, ou menos 7,3 milhões de toneladas. Tanto a soja quanto o milho também deverão ter queda na área colhida, de 0,6% e 0,4% respectivamente.

“O excesso de chuvas na Região Sul e o tempo seco no Norte está atrasando o plantio da nova safra em algumas unidades da Federação, o que pode atrasar a colheita e, consequentemente, o plantio da segunda safra, trazendo maior insegurança climática para a mesma”, explica o pesquisador do IBGE Carlos Barradas.

Já a cultura do arroz deverá ter alta de 2,5% na produção, com aumento de 4,5% na área colhida.

Safra de 2023

Segundo o LSPA de outubro, com uma safra de 317 milhões de toneladas neste ano, a produção agrícola deverá ser recorde, com uma alta de 20,6% em relação ao ano anterior, com altas de produção nas lavouras de soja (27%) e milho (19,5%), mas queda no arroz (4%).

Com informações da Agência Brasil