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Cai o número de municípios com alto risco de quebra de safra em MT

Cai o número de municípios com alto risco de quebra de safra em MT

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Em boa parte das áreas replantadas de soja em Mato Grosso foi possível recuperar as boas condições e reduzir o número de lavouras mais críticas. Atualmente, 11 municípios do Estado estão classificados como “risco muito alto” no sistema Rural Agro, que calcula o índice de quebra de safra. No relatório anterior, eram 24 municípios nessa condição.

De acordo com a ferramenta de Inteligência Artificial (IA) desenvolvida pela startup A de Agro, se considerada a lista completa do estudo, incluindo municípios menos relevantes para a produção, o número de “risco muito alto” caiu de 71 para 34. Já aqueles considerados com risco muito baixo ou baixo, que eram 21, agora são 59. As informações foram publicadas nesta sexta-feira, 26/1,  pela AgFeed.

“Quando montamos o primeiro índice de quebra desta safra, vimos um cenário muito catastrófico, uma quebra histórica para Mato Grosso, com pouca chuva, alta temperatura, temperatura do solo muito alta, todos os indicadores que poderiam estar ruins, realmente estavam”, lembrou Eduardo Souza, CPO, ou diretor de produtos, da A de Agro.

Souza ressaltou, no entanto, que o destaque da análise deste mês de janeiro é a constatação de que há dois padrões diferentes entre os produtores. O primeiro se refere ao grupo que fez o replantio da soja.
Segundo ele, a maior parte dos produtores que fizeram o plantio “na janela correta” está sob alto risco de quebra e podem ter perdas, no caso de Mato Grosso, de até 20%. Mas os outros podem reverter a tendência de quebra ou até mesmo ter produtividade superior ao esperado.
As diferenças ocorrem porque não dependem apenas de uma condição climática mais favorável, mas também do estágio de desenvolvimento da cultura.
Os produtores que tiveram sucesso no replantio ou que atrasaram a janela, pelo diagnóstico atual, devem ter perdas de no máximo 5% no total a ser colhido em sacas por hectare. Nesse grupo, chamado de padrão 1 pela empresa, espera-se uma produção levemente abaixo da média, mas ainda suficiente para cumprir compromissos e evitar uma quebra significativa na safra.

Alto risco

O relatório destaca ainda o chamado padrão 2, onde a normalização das chuvas no período mais delicado para a soja mitigou a tendência de perdas significativas e, em alguns casos, até reverteu esta tendência em diversas cidades do Norte do Mato Grosso. Souza destacou que deixaram a lista de alto risco municípios importantes como Diamantino, Nova Mutum e Sapezal.

Além destes também deixaram a condição mais crítica cidades como Porto dos Gaúchos, Feliz Natal, Brasnorte, Campo Novo dos Parecis, Primavera do Leste e Sorriso. Segundo a startup, os algoritmos avaliaram que os municípios que respondem por 30% da produção de soja do Mato Grosso saíram do risco muito alto de quebra de safra.

A quantidade de soja recuperada nesses municípios, até agora, em virtude da regularização das chuvas, que favoreceram lavouras de soja mais tardias, é de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas, quase 10% da produção destas cidades, de acordo com o estudo.

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