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Imea faz novo corte em estimativas e soja chega ao menor nível em 3 anos

Imea faz novo corte em estimativas e soja chega ao menor nível em 3 anosTotal de reduções nos dois produtos é de 15%. Foto: Paulo Whitaker/ Reuters

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Por André Garcia

As safras de soja e de milho de Mato Grosso, maior produtor de grãos do País, sofreram novo corte nas estimativas. A redução mensal de 1,5%, divulgada na segunda-feira, 5/2 pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), reflete os impactos da seca e dos preços mais baixos.

Na comparação com os recordes produtivos registrados na temporada passada,as estimativas do Imea apontam para um total de reduções de mais de 15% para os dois produtos.

A safra estadual foi estimada em 38,44 milhões de toneladas, queda de 1,44% ante previsão de janeiro e de 15,17%  em relação ao ciclo passado. A colheita atingiu quase 40% da área plantada até a última sexta-feira, 2/2.

“Vale ressaltar que as lavouras mais tardias ainda estão com a produtividade em aberto, o que pode alterar a projeção aguardada para Mato Grosso nos próximos meses”, informa o Imea em relatório.

Já a safra de milho – cujo plantio está se desenvolvendo – foi estimada em 43,3 milhões de toneladas, queda de 1,09% ante previsão de janeiro e de 17,58% versus o ciclo passado. Mato-grossenses tinham semeado mais de um quarto da área até sexta-feira.

Queda nos preços da soja

O preço da soja no mercado disponível chegou ao menor nível em três anos: R$ 94,91 a saca de 60 quilos na semana passada. Queda das cotações na bolsa de Chicago, taxa de câmbio abaixo de R$ 5 e prêmios de exportação negativos nos portos brasileiros são algumas das causas apontadas pelo Imea.

“A curto prazo, o cenário para as cotações no Estado não é favorável, visto o início da colheita”, destacou o Instituto em boletim semanal.

Além do aumento da oferta interna, estimativas de produção maior que o consumo em escala global pressionam os preços em Chicago, com o contrato para março de 2024, o de prazo mais curto, abaixo dos US$ 11 por bushel.

Outras regiões do Brasil também acumulam queda de preços, apontam os indicadores da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). Em Barreiras e Luis Eduardo Magalhães, na Bahia, a saca valia R$ 104, queda de 15,45% no período de 30 dias encerrado na segunda-feira 5/2. Em Mato Grosso do Sul, o grão acumula retração de 20% no período, cotado a R$ 100 a saca.

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