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Socorro ao agro deve ser anunciado antes do fim da safra

Socorro ao agro deve ser anunciado antes do fim da safraPara Fávaro, ainda não há motivo para alarmismo. Foto: Guilherme Martimon/Mapa

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, espera para o fim de fevereiro e início de março o anúncio das primeiras medidas de apoio a agricultores afetados pelas más condições climáticas. Contudo, não há detalhes sobre um eventual plano de ajuda, já que equipe econômica ainda está fazendo um diagnóstico da situação do setor.

Durante participação em reunião do Conselho Superior de Agronegócios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Cosag/Fiesp), na segunda-feira, 5/2, Fávaro afirmou que não há motivo para “alarmismo” e que o cenário atual não pode ser chamado de crise.

“Estamos fazendo análises para tomar medidas tranquilas. Acho que é possível ainda em meados de fevereiro, depois do Carnaval, termos um diagnóstico que será levado ao presidente Lula. Mas a ideia é nos anteciparmos e, antes do final da safra, quem possa ter risco de inadimplência, tenham alternativas”, disse ele ao Globo Rural.

O levantamento inclui condições dos contratos de financiamento que vencem neste ano e relacionando com as culturas que estão sofrendo mais com os efeitos negativos do clima e com a baixa dos preços de produtos agrícolas. Segundo o ministro, há culturas que estão em situação positiva e não devem precisar de apoio do governo.

As informações, de acordo com o ministro, são repassadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloísio Mercadante.

Socorro do governo

Durante a reunião do Cosag, o ministro alertou que, se o governo não tomar medidas para socorrer os produtores rurais, pode haver aumento de pedidos de recuperação judicial e de inadimplência, o que seria péssimo para o setor.

“A queda de produtividade não é generalizada, mas teremos problemas. Estamos olhando medidas para dar tranquilidade”, afirmou. “O que precisamos é de política pública adequada à realidade do momento”, acrescentou.

Fávaro disse ainda que o Plano Safra para 2023/24, ainda em vigor, além de disponibilizar maior volume de recursos, está mais eficiente na liberação do crédito. Pontuou, no entanto, que a atual situação enfrentada pelos produtores, além de investimentos feitos a custos elevados, traz riscos para o setor.

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