HomeEcologia

Maio registra temperatura de 5,4°C acima da média no Centro-Oeste

Maio registra temperatura de 5,4°C acima da média no Centro-OesteOnda de calor mais longa castigou cidades. Foto: Saul Schramm/ Governo de MS

Cuiabá deve bater os 42°C nesta quarta-feira, 23/8
Abril de 2024 foi o 11º mês seguido a registrar recorde de calor
Mudança climática tornou 100x mais provável a onda de calor no Brasil

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a primeira semana de maio teve temperaturas médias de até 8°C acima do normal para o período, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste que enfrentam a quarta onda de calor de 2024, iniciada no dia 23 de abril. As informações são do G1.

O levantamento do Inmet revela variação da temperatura média para o período. Para isso, leva em conta a temperatura registrada no período em 30 anos. Com base nesse recorte, é feito um cálculo de média que indica qual o cenário de temperatura se deve esperar para aquele determinado período.

“A variação de temperaturas máximas no mês de maio impressiona. Estamos no outono, cada vez mais perto do inverno e as máximas estão fora da média. O que chama a nossa atenção não é só a variação, mas o período tão longo com que isso acontece. Estamos há uma semana com máximas elevadas e vivendo uma sequência de meses extremos”, disse Giovani Dolif, meteorologista no Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).

Fábio Luengo, do Climatempo, também chama a atenção para a duração da onda de calor, acima da média. Para se ter uma ideia, Brasília (DF) registrou temperatura 5,4°C acima da média e Goiânia (GO), temperatura 2,8°C acima da média no período.

“Essa onda de calor está bem intensa para essa época do ano, mas além disso ela está muito longa. O normal de uma onda de calor é durar até sete dias, mas já estamos com mais de duas semanas”, revelou.

A onda de calor e as enchentes no Sul

Os meteorologistas explicam que a onda de calor é reflexo de um bloqueio atmosférico. É, justamente, esse bloqueio que vem represando as frentes frias no sul do país, impactando com tempestades o Rio Grande do Sul.

Uma vez que o bloqueio age, as frentes frias, que são comuns nessa época do ano, não conseguem avançar pelo mapa do Brasil. Com isso, as temperaturas não diminuem no Centro-Sul.

O meteorologista do Cemaden, Giovani Dolif, afirmou que, quando a massa de ar quente encontra o ar frio que está no Rio Grande do Sul, esse choque é que causa as nuvens de tempestade que estão causando as enchentes no Estado.