Devido às boas condições de lavouras de milho em algumas áreas do Brasil, a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) projeta que a safra total no País, somando a produção da primeira safra, ficará acima das 111,63 milhões projetadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio.
Desse volume, a autarquia previu uma colheita de 86,15 milhões de toneladas de milho na safrinha. Por outro lado, conforme publicação do Globo Rural desta terça-feira, 29/5, a Abramilho acha pouco provável que este ciclo repita as 131,8 milhões de toneladas de 2022/23.
Como já mostramos, produtores mato-grossenses esperam uma produção maior do que a do ano passado, compensando parte dos problemas de estados como Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Na última semana, a Agroconsult apontou que o encurtamento do ciclo da soja abriu uma janela favorável para o milho tanto em Mato Grosso quanto em Goiás.
De acordo com a consultoria, grande parte das áreas produtoras no Mato Grosso foi semeada na janela ideal, com chuvas bem distribuídas durante o desenvolvimento, o que fez com que o Estado registrasse o segundo plantio mais rápido de sua história – o primeiro ocorreu na safra 2022/23.
O mesmo aconteceu em Goiás, que recebeu bons volumes de chuva em abril. Com isso, segundo o levantamento da consultoria, as lavouras desses estados têm potencial produtivo de 80% e 56% respectivamente.
Além disso, para Mato Grosso a projeção é de 118 sacas por hectare (120,1 em 2022/2023) enquanto para Goiás, é 112 sacas/hectare (119 sacas/ha na safra passada).
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