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Amaggi expande área de algodão em 33% com investimento de R$ 1 bi

Amaggi expande área de algodão em 33% com investimento de R$ 1 bi

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A maior trading agrícola de capital aberto do país, a Amaggi, anunciou que vai expandir sua área de produção de algodão dos atuais 102 mil hectares para 136 mil hectares, equivalente a um aumento de 33,3%.

A expansão em pelo menos quatro fazendas da companhia em Mato Grosso nos próximos três anos se dará graças a um financiamento de US$ 209,5 milhões recebido da IFC (International Finance Corporation) e dos bancos Rabobank e Santander.

“Nos últimos anos, o algodão tem se tornado cada vez mais relevante na Amaggi, que investiu pesado no manejo sustentável, em certificações socioambientais e na rastreabilidade de 100% da produção. A concessão de um financiamento vindo de instituições tão criteriosas nos confirma que estamos no caminho correto para atender às demandas do mercado internacional”, avaliou o presidente executivo da empresa, Judiney Carvalho.

Dos US$ 209,5 milhões, US$ 100 milhões serão destinados diretamente pela IFC, membro do Grupo Banco Mundial e a maior instituição de desenvolvimento global focada no setor privado em países em desenvolvimento. A IFC investe em empresas por meio de empréstimos, investimentos de capital, títulos de dívida e garantias, entre outros.

Os investimentos ainda abrangem outros US$ 39,5 milhões a serem destinados pelo Managed Co-Lending Portfolio Program (MCPP), gerenciado pela IFC, e os demais US$ 70 milhões serão investidos, em cotas iguais, pelo Rabobank e Banco Santander S.A.

Os projetos se desdobram em quatro frentes: conversão de áreas destinadas à cultura do milho em lavouras de algodão; construção de unidades de processamento de algodão; investimentos em ativos logísticos e insumos agrícolas para apoiar a expansão da cultura do algodão nessas quatro fazendas (Tanguro, em Querência; Itamarati, em Campo Novo do Parecis; Água Quente e Tucunaré, ambas em Sapezal); investimentos em insumos de proteção e tratamento para melhoria de produtividade das lavouras de algodão existentes.

Projeções do Imea

Em seu boletim de julho sobre a safra 2020/2021 de algodão, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que a produtividade do produto foi mantida em 279,07@/ha (ou 4.186/kg), um recuo de 9% em relação à safra passada.

Informa ainda que a falta de chuva e a baixa umidade do solo em períodos importantes para o desenvolvimento das plantas prejudicaram as lavouras mais tardias em algumas regiões do Estado, o que tende a refletir no resultado final da safra.

Além disso, as baixas temperaturas observadas em Mato Grosso e pontos de geada em alguns municípios produtores no início do mês, também poderão influenciar nas lavouras que ainda estão em desenvolvimento, principalmente nas ponteiras da planta.

A produção da safra 2020/21 ficou estimada em 3,94 milhões de toneladas de algodão em caroço e 1,62 milhão de toneladas de pluma de algodão, o que representa uma diminuição de 33,38% ante a safra 2019/20.