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Plano Safra de R$ 400,59 bi incentiva práticas sustentáveis

Plano Safra de R$ 400,59 bi incentiva práticas sustentáveisSetor. Foto: Secom/MY

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Por André Garcia 

A necessidade de adaptação à nova realidade climática foi determinante para a liberação de R$ 400,59 bilhões para os financiamentos do Plano Safra 2024/2025, anunciados nesta quarta-feira, 3/7. Neste ano, a redução da taxa de juros de custeio poderá ser de até 1,0 ponto percentual para médios e grandes produtores que adotam boas práticas.

O desconto de 0,5% só vai ser destinado a produtores integrantes de programas certificados pelo Ministério da Agricultura, para quem tem certificação de produção orgânica e para agricultores e pecuaristas que já tenham acessado o RenovAgro, antigo ABC+, que incentiva técnicas sustentáveis, nos últimos cinco anos. Se estiver com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) analisado, o produtor terá mais 0,5% a mais de desconto, somando 1% no total.

“No ano passado inovamos ao pagar um prêmio pela sustentabilidade. Alguns dizem que isso é muito pouco, porque apenas 1,76% dos produtores conseguiram ter seu Cadastro aprovado, vencendo a maratona da regularização ambiental. Mas sabemos que tantos outros têm ótimas práticas em suas propriedades e agora, nesse Plano Safra, a ampliação desse benefício será para todos os produtores rurais”, pontuou Fávaro.

A redução da taxa de juros de custeio começa a valer  a partir de 2 de janeiro de 2025,

De acordo com o novo Plano Safra, os produtores rurais podem contar com mais R$ 108 bilhões em recursos de Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), para emissões de Cédulas do Produto Rural (CPR), que serão complementares aos incentivos do novo Plano Safra. No total, são R$ 508,59 bilhões para o desenvolvimento do agro nacional.

Dos R$ 400,59 bilhões em crédito para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões (+8%) será para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões (+16,5%) para investimentos. Somado ao Pronaf, anunciado mais cedo, o Plano Safra 2024/25 terá R$ 476,5 bilhões em crédito para pequenos, médios e grandes produtores.

“É um Plano Safra completamente aderente ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil. Essa ideia de financiar a juros baixos a recuperação de terra degradada e recolocar essa terra a serviço da produção tanto de alimentos quanto de grãos exportáveis ou mesmo de pasto é uma das principais demandas do mundo em relação ao Brasil no que diz respeito à agropecuária”, pontuou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Aumento real

Mesmo com aumento de 10% em relação ao ciclo 2023/2024, o valor total frustrou parte dos produtores, que esperavam um volume maior de recursos. Neste contexto, Fávaro destacou o impacto real do financiamento, que vem crescendo mais do que os custos de produção nos últimos anos.

“O custo de produção, em uma média ponderada dos produtos agrícolas, caiu 23% nos últimos dois anos. Portanto, este Plano Safra terá uma eficiência 63% maior do que o último Plano Safra do governo anterior”, ponderou o ministro.

Programas

Na linha de financiamento para investimentos, são 13 programas que devem modernizar a produção e aumentar a competitividade do agro brasileiro. Confira:

Crédito: Mapa

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