A exportação de carne bovina no primeiro semestre deste ano alcançou o melhor resultado no histórico do setor. No acumulado do primeiro semestre de 2024, as exportações de carne bovina somaram 1,29 milhão de toneladas, um aumento de 27,3% comparado com o mesmo período de 2023 (1,019 milhão de toneladas), o que resultou em um faturamento de US$ 5,69 bilhões, aumento de 17% ante o primeiro semestre de 2023, valor superado apenas no ano de 2022, quando os resultados do primeiro semestre somaram mais de US$ 6,19 bilhões, em um cenário de pandemia.
Os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) foram compilados e analisados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
Em junho de 2024, as exportações foram de 220.184 toneladas, movimentando US$ 953,09 milhões, um resultado ligeiramente menor que nos dois meses anteriores, quando foi registrado recorde nos embarques, segundo a Abiec.
Os países que mais importaram carne bovina do Brasil, em 2024, foram: China – que importou 565.654 toneladas, US$ 2,5 bilhões, com crescimento de 10,2% no volume.
Na sequência, vieram Emirados Árabes Unidos, que importaram quase 95 mil toneladas (aumento de 238% comparado ao primeiro semestre de 2023) e US$ 435 milhões; Estados Unidos, com importações de 85.395 toneladas (alta de 19,7%) e faturamento de US$ 515 milhões.
Na quarta posição está Hong Kong, destino de 61 mil toneladas de carne brasileira (alta de 10,6%) e faturamento de US$ 196 milhões, seguido por Chile (compras de 48.726 toneladas – aumento de 9,4%) e US$ 229 milhões.
A carne bovina in natura representou, neste mesmo período, 87,7% do volume embarcado pelo Brasil (total de 1,13 milhão de toneladas). A maior parte da carne bovina in natura exportada pelo Brasil é sem osso, representando 88% do total.
Já a carne com osso ainda tem acesso limitado em alguns países, por necessidade de alterações de certificados entre os países, explicou a Abiec.
O maior mercado neste ano para carne com osso foi a Malásia, que comprou 2.168 toneladas, seguido por Paraguai, com 1.542 toneladas, Marrocos (905 toneladas), Angola (619 toneladas) e Cingapura (467 toneladas).
Fonte: Estadão Conteúdo