Nesta segunda-feira, 8/7, o observatório europeu Copernicus divulgou que o mês passado foi o junho mais quente já registrado na história do planeta Terra, superando a marca de 2023. Foi também o décimo terceiro mês de calor consecutivo mapeado pelos cientistas. As informações são do G1.
O sexto mês deste ano que foi o mais quente já registrado globalmente teve uma temperatura média do ar de superfície 0,67°C acima da média de junho de 1991-2020. Os cientistas chamam isso de anomalia de temperatura. Ou seja, um indicador que mostra quanto a temperatura se desvia de uma determinada média histórica.
As datas são usadas como referência porque esse período representa um “ponto médio” do aumento da temperatura global. Em suma, o intervalo logo antes das mudanças climáticas se tornarem mais intensas e evidentes.
Além disso, a temperatura média global nos últimos doze meses (julho de 2023 – junho de 2024) é a mais alta já registrada, 0,76°C acima da média de 1991-2020 e 1,64°C acima da média pré-industrial de 1850-1900.
“Isso é mais do que uma raridade estatística e evidencia uma mudança importante e contínua em nosso clima”, declarou à AFP o diretor do observatório, Carlo Buontempo, após um mês marcado por fortes ondas de calor no México, China, Grécia e Arábia Saudita, onde mais de 1.300 pessoas morreram durante a peregrinação a Meca.
Chuvas intensas, associadas ao aquecimento global, causaram inundações em diversos países: Brasil, China, Quênia, Afeganistão, Rússia e França. No início de julho, o furacão Beryl, classificado como categoria 5, atingiu o Caribe, causando grande devastação.
Os recordes de temperatura consecutivos aconteceram com o El Niño, um fenômeno natural cíclico de aquecimento da água no centro e leste do Oceano Pacífico tropical, o que contribui aumentar a média da temperatura mundial.