Por André Garcia
Em uma semana, o fogo consumiu 61.250 hectares no Pantanal, área maior que a de capitais como Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS). É o que aponta o boletim semanal divulgado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), nesta terça-feira, 9/2.
De acordo com o documento, entre 1º de janeiro e 7 de julho de 2024 foram queimados 762.875 hectares, o que corresponde a 5,05% do tamanho total do bioma, que, como já mostramos, vem enfrentando a seca mais grave em 70 anos, intensificada pelas alterações climáticas.
Embora os números assustem, o trabalho do combate ao fogo tem dado resultado. Até o último sábado, foram registrados 54 incêndios no bioma, sendo 30 deles extintos, 24 ativos e 13 controlados, ou seja, quando o fogo está cercado por uma linha de controle, que pode ter sido formada por combate direto, linhas de defesa, aceiros e barreiras naturais ou artificiais.
“Temos o início de uma estabilização em razão da diminuição das frentes de incêndio. Isso é resultado das ações que temos feito conjuntamente com os governos estaduais, com um esforço muito grande do governo federal, em uma força-tarefa para o enfrentamento dos incêndios”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Considerando os focos de calor, foram 3.919 ocorrências no período, sendo 79% delas em Mato Grosso do Sul e 21% em Mato Grosso. Neste contexto, os municípios que lideram o ranking da destruição são Corumbá (MS, com 68,2%dos focos (2.674), Cáceres (MT) com 11% (435 focos) e Poconé (MT), com 9,2% (361).
Diante da situação, 830 profissionais atuam na região, incluindo as Forças Armadas, ICMBio, Ibama, Força Nacional de Segurança Pública e Dnit.
LEIA MAIS:
Brigadistas e bombeiros impedem o avanço do fogo no Pantanal
Fogo atinge Terra Indígena Kadiwéu no Pantanal
Incêndios podem ter degradado 9% do Pantanal nos últimos cinco anos
Incêndios a partir de 20 focos queimaram 292 mil ha do Pantanal
Aceleração no desmate levou a explosão de queimadas no Pantanal