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Empresa quer conectar 5 mil hectares de vegetação nativa no Cerrado

Empresa quer conectar 5 mil hectares de vegetação nativa no CerradoModelo intercala plantios de eucalipto de diferentes idades. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Ações de restauração florestal e manejo produtivo sustentável criarão corredores ecológicos que devem conectar 5 mil hectares de fragmentos de vegetação nativa do Cerrado de Mato Grosso do Sul. A proposta envolve estímulos técnicos e financeiros para parcerias que possam atuar na recuperação em larga escala.

Para tanto, o trabalho, fruto de parceria entre a Suzano, produtora de celulose e bioprodutos de eucalipto, com a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, vai fomentar a cadeia da sociobiodiversidade, o engajamento de proprietários e a inscrição ou a retificação do Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Segundo publicação da Exame, a ideia é mobilizar o setor privado, expandindo o uso de soluções e atraindo mais capital para os investimentos nestas regiões.

“É por isso que um dos objetivos do projeto inclui trabalhar com comunidades locais e produtores rurais para introduzir a economia verde, impulsionar treinamentos e implementar sistemas de restauração da vegetação nativa”, afirma Manuel Reyes-Retana, diretor regional da IFC para América do Sul.

De acordo com os executivos da Suzano, o modelo de mosaicos florestais adotado pela companhia, que intercala plantios de eucalipto de diferentes idades a áreas destinadas à preservação, contribui com a conservação da biodiversidade nos territórios onde a empresa opera.

Assim, as áreas de preservação da empresa que não apresentam cobertura vegetal nativa são restauradas por intermédio de seu Programa de Restauração Ecológica, que prioriza as áreas conforme um cronograma que visa acelerar conexões ecológicas.

“Os corredores ecológicos passarão por terras de assentamento e produtores rurais, por isso precisamos trabalhar conjuntamente com a população local, tanto na conscientização sobre a importância dessa atividade”, diz o vice-presidente de Sustentabilidade e Inovação da Suzano, Fernando Bertolucci.

Em 2023, conectou 55.654 ha de fragmentos com a implementação de 103 ha de manejo de eucalipto e 300 hectares de restauração ecológica pelos corredores. A iniciativa faz parte de um compromisso de conectar meio milhão de hectares de áreas prioritárias para conservação no Cerrado, na Mata Atlântica e na Amazônia até 2030.

“Este é um compromisso especialmente ambicioso, pois prevê a restauração de áreas em terras da própria Suzano e de terceiros”, diz Marcela Porto, diretora de Comunicação e Sustentabilidade Institucional da Suzano.

Fragmentação da vegetação

Uma das principais ameaças à biodiversidade no Brasil e no mundo é a fragmentação de habitats. Esse fenômeno ocorre quando uma área natural contínua e ambientalmente relevante é subdividida em áreas menores, sem conexão entre elas. Isso se deve principalmente às mudanças no uso e ocupação do solo.

A fragmentação altera as interações ecológicas na paisagem e isola espécies, além de interferir na resiliência dos territórios às mudanças climáticas e na prestação de serviços ecossistêmicos, entre outros efeitos adversos.

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