O desmatamento nas unidades de conservação (UCs) da Amazônia fechou o primeiro semestre de 2024 com a menor derrubada nos últimos dez anos, registrando 93 km², uma queda de 18% quando comparado com o mesmo período de 2023. Houve queda também na Amazônia Legal, como um todo, que registrou a menor área desmatada desde 2017, com 1.220 km². Quando comparada com o ano anterior, a diminuição chega a aproximadamente 36%.
Os números são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), do Imazon.
Conforme o instituto de pesquisa, os estados com mais unidades de conservação entre as dez mais desmatadas em junho de 2024 foram Acre e Rondônia, cada um com três no ranking. Apesar disso, foi o Pará que registrou a UC que mais desmatou no mês, a APA Triunfo do Xingu, que sozinha representa a derrubada de uma área equivalente a 700 campos de futebol.
Além das UCs, as terras indígenas da região também tiveram uma redução na destruição florestal no primeiro semestre, com 15 km² derrubados, a menor área registrada desde 2016. “São dados positivos para a Amazônia, a redução do desmatamento nas unidades de conservação e terras indígenas é muito importante. Para que o desmatamento continue em tendência de queda, é necessário manter o ritmo de fiscalização nas áreas protegidas e focar nas regiões que ainda estão sob forte pressão ambiental. Qualquer redução nas ações de combate e controle podem acarretar no aumento da devastação nestes territórios novamente.”, afirma a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.
Desde abril de 2023, a Amazônia apresentava uma baixa consecutiva no desmatamento, tendo 14 meses seguidos de queda. Porém, os dados do mês de junho de 2024 mostraram um crescimento de 10% na derrubada se comparado com o mesmo mês de 2023, indo de 361 km² para 398 km². “O período mais seco do calendário do desmatamento ocorre entre os meses de maio a outubro, historicamente os valores são mais altos durante esses meses porque o clima propicia a prática do desmatamento. A Amazônia apresentou uma sequência de 14 meses consecutivos de redução, agora houve um aumento de 10% da devastação. Ainda assim, a taxa é baixa quando consideramos a série histórica p
“As medidas de combate precisam focar principalmente nas regiões que mais registram perda. São municípios e áreas protegidas que frequentemente são apontadas como áreas de forte pressão ambiental e registram grandes áreas devastadas”, alerta Larissa.ara o junho. Devemos observar os próximos meses, os órgãos responsáveis devem seguir com as ações de combate para garantir o não aumento do desmatamento.”, explica a pesquisadora.
Os estados que mais contribuíram para a destruição de floresta em junho de 2024 foram Amazonas (35%), Pará (26%) e Mato Grosso (15%), concentrando juntos 77% do total detectado na Amazônia Legal. Cinco dos dez municípios que mais desmataram estão localizados no Amazonas, e outros três no Pará.
Apesar do cenário do mês de junho, no acumulado do primeiro semestre, 2024 registra a menor área desmatada desde 2017, com 1.220 km². Quando comparada com o ano anterior, a diminuição chega a aproximadamente 36%. Mesmo reforçando a tendência de queda, o número ainda representa 670 campos de futebol devastados por dia.
“As medidas de combate precisam focar principalmente nas regiões que mais registram perda. São municípios e áreas protegidas que frequentemente são apontadas como áreas de forte pressão ambiental e registram grandes áreas devastadas”, alerta Larissa.