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Desmatamento cresce 9% no Cerrado

Desmatamento cresce 9% no CerradoA região do Matopiba concentra 75% da área sob alertas. Foto: Adriano Gambarini/WWF Brasil

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Por André Garcia

O desmatamento no Cerrado abrangeu uma área de 7.015 km² entre agosto de 2023 e julho de 2024, um aumento de 9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do sistema Deter-B, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta quarta-feira 7/8. Na Amazônia, o desmate caiu 45,7% de agosto de 2023 a julho de 2024, a maior queda proporcional já registrada em oito anos.

Os números, entretanto, apontam reversão nos últimos quatro meses do aumento da área sob alertas de desmatamento registrado no bioma no ano anterior. Houve queda de 24,8% de abril a julho na comparação com o mesmo quadrimestre de 2023. Em julho foram registrados 444 km², queda de 26,7%.

“A queda do desmatamento na Amazônia agora a gente começa a percebê-la também no Cerrado nos últimos três, quatro meses. Uma tendência que queremos que se firme. Já mostrando em alguns Estados, com exceção do Piauí, que há uma dinâmica de queda em curso e que nós iremos trabalhar cada vez mais a implementação do plano para que tenhamos o mesmo resultado que estamos alcançando na Amazônia”, disse a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

O resultado foi atribuído ao lançamento, em novembro, do novo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado). Neste contexto, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, também destacou a intensificação das ações do Ibama e do ICMBio.

Desmatamento por estado

No bioma, os estados do chamado Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) concentraram 75% da área sob alertas de desmatamento no bioma. Dos quatro estados, só a Bahia registrou queda de agosto de 2023 a julho de 2024: 52,4%. Houve aumento de 58,6% no Tocantins; 31% no Maranhão; e 14,7% no Piauí.

Cinquenta e três municípios (4% do total do bioma) concentraram metade dos alertas de desmatamento no período.

Vale destacar que os números do Deter são um indicativo de tendência da taxa anual de desmatamento, medida sempre de agosto a julho por outro sistema do Inpe, o Prodes, que usa imagens de satélites mais precisas.

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