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Projeto de U$ 1,8 bi para recuperar pastagens deve sair até final do ano

Projeto de U$ 1,8 bi para recuperar pastagens deve sair até final do anoO programa pretende oferecer financiamento com um juro de 6,5%. Foto: Embrapa

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Com cerca de US$ 1,8 bilhão” já garantidos, o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, uma das principais bandeiras do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), poderá começar a sair do papel até o fim de 2024, um ano depois de sua criação.

Ao AgFeed, o assessor especial do Mapa, Carlos Augustin, explicou que os recursos devem mobilizar a conversão de quase um milhão de hectares. A ideia é somar esse volume ao já previsto dentro da linha de recuperação de pastagens degradadas do programa RenovaAgro.

O  governo estima que serão necessários US$ 120 bilhões ao longo da próxima década para fazer a conversão das pastagens. Cada hectare exigiria pelo menos US$ 3 mil para ser recuperado e voltar a ser produtivo.

O programa do governo pretende oferecer um financiamento com um juro de 6,5% ao ano, com prazo de dez anos para pagamento, para produtores que se comprometerem com as regras do projeto. O conjunto de normas é o que ainda precisa estar pronto para que o programa siga adiante, de acordo com o assessor especial do Mapa.

 “O regramento vai condicionar esse dinheiro barato a um número grande de quesitos de sustentabilidade. É mais ou menos como se eu chegasse ao agricultor e dissesse: “Bom, você pretende pegar esse dinheiro barato e eu te dou esse dinheiro. Mas você vai ter que seguir a risca, esse rolo aqui de critérios”, disse.

Mas como o regramento ainda está pendente e o processo é “demorado”, segundo Augustin, ele prefere não arriscar uma data exata de disponibilização dos recursos aos produtores.

“Nós temos que fazer a normatização, temos que aprovar no conselho, tem que levar para o Eco Invest, que tem que aprovar e fazer um leilão entre os bancos para participar, e aí saem as normativas”, afirmou.

Com o mecanismo, o governo conseguirá também destravar recursos que já estavam confirmados para o programa, segundo Augustin, como os vindos do Japão pela JICA, a agência de cooperação internacional japonesa.

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