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Incêndios pressionam preços dos alimentos

Incêndios pressionam preços dos alimentosPreço da carne teve a maior alta. Foto: Wikimedia Commons

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Os impactos da seca histórica que afeta a maior parte do Brasil e dos incêndios na Amazônia, Pantanal e em São Paulo começam a se refletir no bolso dos brasileiros. Um levantamento da Neogrid divulgado pela CNN Brasil indica que o preço médio de vários produtos básicos, como café, feijão, leite e carne aumentou nas últimas seis semanas no país.

A carne bovina é o produto mais afetado, com aumentos variáveis em relação aos diferentes cortes. O preço da picanha, por exemplo, subiu mais de 43% nesse período. Outros cortes também registraram altas expressivas, como o contra-filé (32,6%) e o patinho (21%).

O feijão teve alta variável de até 22%, com destaque para o tipo branco. O leite teve aumento de 9,6% em seu preço médio. O preço do quilo do café em grão, por sua vez, passou de R$ 92,18 para R$ 104,86 (alta de 13,7%); o café em pó também encareceu de R$ 48,78 o quilo para R$ 55,80 (14,3%).

Para completar, o preço médio do quilo do açúcar aumentou 5,9% entre agosto e setembro. Em grande parte, a alta é resultado dos incêndios que afligiram o interior de São Paulo nesse período. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), cerca de 230 mil hectares de lavouras foram afetados pelo fogo em agosto.

A Organização das Associações de Produtores de Cana do Brasil (ORPLANA) indicou que os prejuízos causados pelo fogo podem superar R$ 2,5 bilhões, com a quebra de cerca de 15% da safra de cana. Em todo o Brasil, mais de 390 mil hectares de cana foram incendiados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A notícia é do Canal Rural.