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Entidades empresariais pedem articulação contra queimadas

Entidades empresariais pedem articulação contra queimadasApelo foi feito para poder público e iniciativa privada. Foto: MMA

Desmatamento precisa cair pela metade para Brasil cumprir sua NDC
Ação entre produtores e índigenas é chave para combater ao fogo
Produção de alimentos em meio a árvores é chave para enfrentar calor

Pelo menos 11 entidades ligadas aos setores financeiro e empresarial divulgaram na terça-feira, 15/10 uma carta conjunta expressando “profunda preocupação” com a intensificação dos incêndios e queimadas no Brasil neste ano. O texto cobra uma “abordagem integrada, sustentável e baseada em princípios sólidos de governança” entre governo, setor privado e sociedade civil para combater a crise do fogo.

“Os impactos negativos (dos incêndios) comprometem os esforços nacionais de combate às mudanças climáticas e de descarbonização, além de colocar em risco os compromissos internacionais firmados pelo país, colocando em risco o futuro sustentável que desejamos construir”, diz a carta.

O manifesto propõe uma série de recomendações para o enfrentamento da crise do fogo no Brasil. Entre as ações indicadas, estão zerar o desmatamento ilegal, acelerar o início das atividades do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo, e incentivar empresas e outras organizações a adotarem os Princípios de Governança Climática do Fórum Econômico Mundial. O texto também defende o desenvolvimento de “medidas efetivas de proteção, respeito e reconhecimento de Povos Originários”.

“A adoção dos princípios de governança climática pelas empresas é um caminho para a criação de uma economia mais sustentável e resiliente, capaz de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e preservar o patrimônio ambiental brasileiro. No entanto, o enfrentamento das queimadas exige uma atuação conjunta entre governo, setor privado e sociedade civil, pautada pela responsabilidade, transparência e engajamento ativo de todas as partes interessadas”, pontuou o texto.

O texto foi assinado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e por outras entidades, como B3, CDP Latin America, Instituto Clima e Sociedade (iCS) e Instituto Ethos, entre outras. CNN Brasil e Folha deram mais detalhes.