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Áreas produtivas e regularizadas registraram menos focos de calor

Áreas produtivas e regularizadas registraram menos focos de calorDe janeiro a outubro deste ano foram 40.315 mil focos de calor. Foto: Reprodução

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Um diagnóstico apresentado pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso (CBMMT) na última semana mostra que as áreas consideradas produtivas e regularizadas registraram menos focos de calor que as improdutivas ou irregulares: 0,99 foco por 100 km² contra 10,6 focos para cada 100 km².

Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Cel. Flávio Gledson, estes números evidenciam que os produtores rurais são os grandes aliados na prevenção aos incêndios florestais.

“Verificamos que o produtor rural, que tem a terra regularizada não é quem tem problema de fogo. Menos de um foco de calor foi registrado em 100km² de área privada regularizada no estado. Dez vezes mais, foram registradas em áreas privadas não regularizadas que não produzem, seis vezes mais em áreas indígenas e cinco vezes mais em áreas de conservação”, disse em entrevista ao Conexão FPA-MT.

Segundo o diagnóstico, de janeiro a outubro deste ano foram 40.315 mil focos de calor no estado, uma média de 4,46 focos para cada 100 km². Nas áreas de assentamento rural, o índice foi de 7,47, nas Unidades de Conservação de 6,68 e nas Terras Indígenas de 6,16 para cada 100 km².

O comandante-geral também chamou a atenção para a severidade da estiagem e dos incêndios de maneira geral, por conta da condição climática. Diante do contexto, ele reforçou que o Governo do Estado vem investindo mais recursos e tecnologias para o enfrentamento do fogo.

Outra estratégia adotada é a parceria com o Fórum Agro. O presidente da instituição, Itamar Canossa, apontou a necessidade de complemento ao trabalho dos bombeiros, garantido pela infraestrutura das propriedades rurais que oferecem desde depósitos de água até equipamentos utilizados nas lavouras no combate.

“Sempre ficou clara a situação de trabalho em conjunto. Ao invés de controlar um grande incêndio, é melhor controlar ele no início e melhor que isso, é preveni-lo. A parceria com o Corpo de Bombeiros é sempre importante, porque precisa de uma participação do setor público junto com o privado”, disse.

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