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Copernicus confirma 2024 como o primeiro acima do limite de 1,5°C

Copernicus confirma 2024 como o primeiro acima do limite de 1,5°CExtremos que marcam 2024 estão relacionados ao ano mais quente. Foto: Agência Brasil

21 de julho foi o dia mais quente já registrado na Terra, diz Copernicus
Com 2º julho mais quente, 2024 deve ter maior temperatura da história
2023 teve temperaturas mais altas dos últimos 100 mil anos

Nesta quinta-feira, 7/11, a agência espacial Copernicus divulgou um boletim confirmando que um novo recorde foi batido: 2024 é oficialmente o ano mais quente já registrado. “A anomalia (oscilação fora da média) da temperatura para o resto de 2024 teria que cair para quase zero para que não fosse o ano mais quente”, diz o documento. As informações são do site Um Só Planeta.

Um marco alarmante será atingido ainda neste ano é que a temperatura global média ultrapassará 1,5°C em relação à era pré-industrial. Esse aumento, de acordo com o Copernicus, está diretamente ligado a eventos climáticos extremos como secas e inundações.

“Isso marca um novo marco nos registros de temperatura global e deve servir como um catalisador para aumentar a ambição para a próxima Conferência sobre Mudanças Climáticas, COP29″, explicou Samantha Burgess, diretora adjunta do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), citando a cúpula mundial do clima a ser realizada este mês no Azerbaijão.

A anomalia de temperatura global dos últimos 12 meses, estimada em 1,62°C acima da média pré-industrial, confirma a tendência de aquecimento global, segundo o Copernicus.

“Dado que 2023 foi 1,48°C acima do nível pré-industrial, é igualmente virtualmente certo que a temperatura anual para 2024 será mais de 1,5°C acima do nível pré-industrial, e provavelmente será mais de 1,55°C acima”, reiterou o boletim.

La Niña e as incertezas

As temperaturas dos oceanos continuam a preocupar. O mês de outubro registrou a segunda maior temperatura média da superfície do mar da história, com 20,68°C, segundo o Copernicus. Apesar de um leve resfriamento no Pacífico equatorial, as temperaturas globais dos oceanos se mantiveram em níveis recordes.

O gelo marinho do Ártico continua derretendo a um ritmo acelerado. Em outubro, a extensão do gelo atingiu o quarto menor valor já registrado, 19% abaixo da média. Na Antártida, a situação foi um pouco melhor, com uma perda de gelo de 8% em relação à média.