O fenômeno climático La Niña tem 55% de chance se desenvolver nos próximos três meses, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta quarta-feira, 11, mas, se isso acontecer, será relativamente fraco e de curta duração.
“Mesmo que ocorra um evento La Niña, seu impacto de resfriamento a curto prazo será insuficiente para contrabalançar o efeito de aquecimento dos gases de efeito estufa recordes que retêm o calor na atmosfera”, disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.
A previsão do início do fenômeno foi bastante discutido pelos meteorologistas ao longo de 2024. Inicialmente, as previsões apontavam para uma alta probabilidade de que o La Niña se estabelecesse entre outubro e novembro de 2024, com intensidade moderada a forte.
Para os meteorologistas do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), La Niña só virá em março.
O La Niña é marcado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico.
Uma das características mais marcantes do La Niña no Centro-Oeste é a irregularidade na distribuição das chuvas. Algumas áreas podem experimentar períodos de seca intensa, enquanto outras podem receber volumes de chuva acima da média. Essa variabilidade pode levar a perdas significativas na agricultura, especialmente para culturas sensíveis à falta ou ao excesso de água