Os bancos terão regras mais rígidas para liberar crédito ao agronegócio, segundo decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). A medida tem como objetivo combater o desmatamento ilegal, exigindo que produtores rurais comprovem a legalidade de suas ações antes de obterem financiamento. Além disso, o uso de empréstimos com juros reduzidos para financiar desmatamentos está proibido. As informações são do Globo Rural.
A partir de 2026, as instituições financeiras deverão consultar uma “lista negativa” elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente. A medida, baseada em dados do Prodes – o sistema de monitoramento de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) -, identificará propriedades que sofreram desmatamento desde 31 de julho de 2019. Se o nome do produtor constar na lista, será obrigatório apresentar documentos que comprovem que a atividade foi legal para que o financiamento seja aprovado.
Segundo reportagem, a mudança busca reforçar o controle ambiental no setor agropecuário, promovendo práticas mais sustentáveis e alinhadas à legislação vigente. O foco é inibir a degradação ambiental em áreas financiadas e estimular o cumprimento das normas ambientais.
Para especialistas, a medida pode representar um avanço na responsabilidade ambiental do setor financeiro e do agronegócio. No entanto, também há desafios na implementação, como a necessidade de maior fiscalização e o impacto sobre pequenos produtores, que podem ter mais dificuldade em comprovar a regularidade de suas áreas.