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Calor extremo e chuvas irregulares são destaque no clima de 2025

Calor extremo e chuvas irregulares são destaque no clima de 2025

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O ano de 2025 começa sob o impacto de um cenário climático alarmante no Brasil e no mundo, após 2024 registrar um recorde histórico: 12 meses consecutivos com o aquecimento global médio acima de 1,5 ºC, de acordo com a agência internacional Copernicus. A previsão para este ano é de continuidade no aquecimento do planeta, impulsionado pelo aumento constante das emissões de CO₂ e pelas temperaturas elevadas das águas de superficie dos oceanos.

De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, No Brasil, o calor deve permanecer acima da média em todo o país. As temperaturas podem alcançar entre 40 ºC e 42 ºC no centro-norte do País com o fim das chuvas, enquanto o período chuvoso no Sudeste, Norte e Nordeste deve atrasar, comprometendo a safra de verão. Segundo as análises do Inmet e do Cptec, as chuvas devem ficar abaixo da média, pelo menos nesses primeiros três meses do ano

A NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA) confirmou o retorno breve do fenômeno La Niña até março, com impactos limitados. Centro-Oeste e Sudeste devem enfrentar excesso de chuvas, o que pode trazer problemas para os produtores rurais, atrasando colheitas e prejudicando culturas como soja e milho.

Ainda segundo a NOAA, problemas de queimadas e seca devem se repetir no Brasil a partir da segunda metade do ano. As águas aquecidas no Pacífico Equatorial durante a primavera indicam a possível volta do El Niño no último trimestre de 2025.

Projeções regionais para 2025:

• Sul: Regularidade nas chuvas no Paraná e em Santa Catarina até a metade do ano. No sul e oeste do Rio Grande do Sul, o calor intenso e as chuvas irregulares devem impactar as lavouras de verão.

• Sudeste: Chuvas excessivas nos primeiros meses devem comprometer colheitas e operações agrícolas. Enquanto o café sofre com a umidade, a cana-de-açúcar apresenta bom desenvolvimento, mas pode enfrentar dificuldades durante a moagem.

• Centro-Oeste: O excesso de chuvas até maio deve atrasar as operações de campo. Mato Grosso e Goiás podem perder produtividade na safra de verão devido à baixa luminosidade.

• Nordeste: Maranhão e Piauí devem enfrentar excesso de chuvas, enquanto a Bahia e a faixa leste da região devem registrar boas colheitas.

• Norte: Tocantins deve receber um volume significativo de chuvas até maio. No Pará, irregularidades climáticas podem impactar a produção de municípios como Paragominas e Santarém. Em Rondônia, chuvas regulares devem beneficiar pastagens e lavouras.