Enquanto a JBS, maior produtora mundial de carnes, recua de sua meta de zerar emissões até 2040, dizendo que o anúncio feito em 2021 era apenas uma “aspiração” e não um compromisso formal, a BRF se torna a primeira empresa brasileira do setor alimentício a ter suas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa validadas pelaScience Based Targets initiative (SBTi), organização que mobiliza empresas e instituições financeiras para combater a crise climática.
Tendo como base uma nova metodologia (FLAG) focada em áreas críticas como desmatamento, saúde do solo e o uso sustentável da terra, a BRF se coloca como líder em sustentabilidade no setor, demonstrando seu compromisso contra as mudanças climáticas.
De acordo com o Globo Rural, A BRF estabeleceu como metas reduzir em 51% as emissões diretas e em 35,7% as indiretas até 2032. Além disso, a empresa se comprometeu com o desmatamento zero em toda a sua cadeia de fornecimento até 2025.
“A adesão à metodologia FLAG reforça nosso compromisso com a transparência e a melhoria contínua na contabilização de nossas emissões”, diz Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da BRF.
O recuo da JBS
“Nunca foi uma promessa que a JBS faria isso acontecer”, disse Jason Weller, diretor global de sustentabilidade da JBS em uma rara entrevista à Reuters, sobre a meta de zerar as emissões líquidas até 2040. Weller justificou ainda que a empresa não tem controle sobre as operações das fazendas fornecedoras.
A declaração contraria peças publicitárias de 2021, quando defendeu seu plano para reduzir emissões e acabar com o desmatamento ilegal. “Nada menos do que isso não é uma opção”, dizia um slogan da JBS.