O Pantanal pode enfrentar uma nova temporada de seca em 2025. A notícia é péssima para a economia do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e para os agricultores e pecuaristas que dependem das águas do bioma para as suas atividades.
Na pecuária, a combinação de calor e falta de água prejudica a reprodução e a engorda dos animais: o pasto seca, o animal passa sede e tudo isso favorece a perda de peso.
Isso pode impactar diretamente na produção de carne e leite, e também na reprodução dos animais, reduzindo a taxa de prenhez e a produção de bezerros. Para tentar diminuir os efeitos da seca, os pecuaristas acabam tendo que gastar com transporte de água para o gado, com a compra de suplementos alimentares e em outras medidas, elevando os custos de produção.
Na agricultura, a falta de água compromete o desenvolvimento das culturas e reduz a produção de grãos e outros produtos agrícolas.
Reuniões mensais serão realizadas entre órgãos federais, especialistas e sociedade civil para monitorar a situação e coordenar estratégias, principalmente para evitar os incêndios florestais, segundo o governo.
Para os produtores, que ficam no prejuízo com a seca, o Projeto de Lei, também conhecido como Estatuto do Pantanal, tem mais serventia. É ele que vai garantir que o bioma seja protegido e explorado de forma sustentável.
Porque quando a seca diminui a água, essencial para as atividades rurais, e aumenta o risco de incêndios, levando prejuízo para a nossa economia, uma lei de proteção ao bioma deixar de ser papo de ambientalista.
Previsão para 2025
A situação do Pantanal foi tratada como “crítica” em reunião na semana passada, com vários órgão do governo federal, entre eles Ministério do Meio Ambiente, Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), e ANA (Agência Nacional de Águas).
Segundo o Monitor de Secas, da ANA, Mato Grosso do Sul registrou seca grave em dezembro de 2023, situação pior do que a vivida um ano antes, de seca fraca. Já Mato Grosso apresentou seca grave e moderada.
O que vai determinar a intensidade da seca para este ano será a temporada de enchentes, que acontece entre março e abril na região.