O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou nesta quarta-feira, 29/9, que os custos da indústria com ração animal vêm afetando todos os mercados de proteína animal.
Segundo dados apresentados pela entidade em coletiva de imprensa virtual realizada nesta quarta-feira, os custos de produção para a carne de frango subiram 44,27% nos últimos 12 meses, enquanto a produção de carne suína ficou 41,17% mais cara no mesmo período.
“De janeiro de 2019 a agosto de 2021, o milho subiu cerca de 154% e a soja 133%. Vale lembrar que as compras de milho e do farelo de soja representam 70% dos custos de produção da suinocultura e avicultura”, comentou o executivo.
Santin ressaltou, contudo, que o processo especulativo do milho diminuiu com as recentes medidas do governo, por exemplo, a retirada temporária da cobrança do PIS/Pasep e Cofins para importação de milho, o que ele considerou “fundamental”.
Ainda assim, porém, é possível que os preços das carnes de frango, de suínos e ovos tenham novas altas, refletindo novos reajustes nos custos.
Uma estratégia para mitigar esses custos é a aposta na utilização de cereais de inverno como alternativa ao milho na ração animal, como o trigo e o sorgo, conforme uma campanha de incentiva a essa substituição capitaneada pela ABPA.
Fonte: Estadão Conteúdo