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Solo será chave para enfrentar pragas nos próximos anos

Solo será chave para enfrentar pragas nos próximos anosEquilíbrio depende de um bom manejo do solo.Foto: Instituto BioSistêmico

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Por André Garcia

A agricultura regenerativa será uma das principais armas do produtor rural contra as doenças nas lavouras nos próximos anos. Com o aumento das temperaturas, a previsão da Embrapa é que a ocorrência de pragas se agrave em quase 50%, o que exigirá ainda mais atenção à saúde do solo para garantir o controle natural e evitar prejuízos.

Sendo assim, a adoção de sistemas agrícolas diversos e sustentáveis, como os propostos pela agricultura regenerativa, garantirão o aumento da biodiversidade na terra a partir do uso de resíduos vegetais e da promoção de organismos benéficos para as plantas, reduzindo a dependência de defensivos químicos.

“O controle biológico natural é um serviço ecossistêmico em que a doença é naturalmente controlada sem intervenção humana”, diz trecho do estudo.

Manter esse equilíbrio depende de um bom manejo do solo e da presença de microrganismos que ajudam a proteger as raízes contra doenças. Diante disso, o estudo destaca o uso de restos de culturas para reduzir fungos e o papel das minhocas, que ajudam a eliminar toxinas e manter a terra saudável.

Por que a agricultura regenerativa?

Os pesquisadores Franscislene Angelotti, Emília Hamada e Wagner Bettiol explicam que, com o aquecimento global, a composição e a dinâmica das comunidades microbianas vai mudar, agravando as doenças. Por isso os microrganismos promotores de crescimento, fungos micorrízicos e barreiras físicas serão tão importantes.

Tudo isso faz parte da agricultura regenerativa, cujo objetivo é restaurar os sistemas naturais e melhorar a resiliência da produção agrícola.

“As alterações climáticas podem modificar a diversidade dos agentes de biocontrole e a forma como interagem com o hospedeiro, o patógeno e outros microrganismos presentes nas plantas”, diz o estudo.

Essas mudanças também influenciam a eficiência dos métodos utilizados no campo, especialmente no caso de produtos aplicados de forma localizada ou com ação limitada a determinadas faixas de temperatura. Alguns organismos usados no controle de doenças, como o Clonostachys rosea, perdem eficácia sob temperaturas elevadas.

 

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