O dólar renovou máxima intradia, a R$ 5,6629 (alta de 0,35%) no mercado à vista no final desta manhã de sexta-feira, 29/10.
A pressão de comprados na Ptax (taxa usada para calcular, em Reais, o preço dos gastos internacionais) está mais forte diante da ampliação do ganho do dólar no exterior porque, apesar de dados mistos da economia americana divulgados nesta manhã, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anuncie o início da redução de estímulos nos EUA na próxima semana, afirma o analista de operações cambiais Lucas Schroeder, da corretora Câmbio Curitiba.
A alta frente o real é puxada também, segundo o analista, pela incerteza fiscal interna.
“As indefinições sobre a PEC dos Precatórios e o Auxílio Brasil geram insegurança e ainda o congelamento do ICMS por 30 dias deve causar baque na arrecadação estadual”, avalia.
Sua percepção é de que a greve dos caminhoneiros, marcada para segunda-feira, dia 1º de novembro, pode ter adesão alta após lucro bilionário de R$ 31 bilhões reportado pela Petrobras no terceiro trimestre, com a disparada do petróleo e dos combustíveis, que é a principal reclamação da categoria no País.
“A falta de previsibilidade fiscal e a greve de caminhoneiros sustentam o mal-estar dos investidores locais e estrangeiros com o Brasil”, afirma.
Fonte: Estadão Conteúdo