O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária publicou nesta quarta-feira, 17/11, no Diário Oficial da União, o registro de 47 defensivos agrícolas formulados. Desses, segundo a pasta, em nota, 12 são considerados de baixo impacto ou de base biológica.
“Dos produtos de baixo impacto registrados na data de hoje, três deles são compostos por novos microrganismos. Um com o Trichoderma afroharzianum, autorizado para controle de diversas doenças fúngicas e dois produtos com o Chrysoperla externa, inseto predador que é inimigo natural de diversas pragas. Os demais produtos de baixa toxicidade são compostos dos organismos Telenomus podisi, Bacillus thuringiensis var. kurstaki isolado, Trichoderma asperellum, Beauveria bassiana, Metarhizium anisopliae e baculovirus da Spodoptera frugiperda. Esses baculovirus são vírus específicos de lagartas, sendo inofensivos a seres humanos e outros animais”, disse a pasta.
O outro produto inédito é um herbicida com o ingrediente ativo Halauxifeno Metílico para controle de plantas daninhas na cultura de soja como a buva (Conyza bonariensis) e o capim amargoso (Digitaria insularis).
“Esse produto é apresentado em associação com o ingrediente ativo Diclosulan, já autorizado no território nacional.”
“Apesar de ser o primeiro registro no nosso País, o ingrediente ativo Halauxifeno Metílico já é amplamente utilizado em vários outros países como Estados Unidos e Austrália, bem como na União Europeia”, explica na nota a coordenadora substituta de Agrotóxicos e Afins, Marina Dourado.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no País.
“Com o registro desses 12 produtos, somam 77 produtos de baixa toxicidade para o controle de pragas registrados em 2021. Em 2020, ano recorde de registro de biopesticidas, foram registrados 95 produtos desse tipo. Atualmente, soma-se um total de 488 produtos de baixo impacto disponíveis para os produtores.”
Fonte: Estadão Conteúdo