A projeção de custos das lavouras de soja para o próximo ciclo, dos 3 principais Estados produtores, é preocupante. O aumento nas despesas deve-se às altas dos insumos, o que tornou a atividade mais cara.
Segundo a Fecoagro-RS, alguns produtos tiveram elevação superior a 150% nos últimos 12 meses, ocorrendo também falta de oferta de alguns insumos, bem como a restrição da oferta de diesel. Os novos patamares de custos indicam uma tendência forte de queda de rentabilidade percentual nas duas culturas.
Reunimos os dados, de quanto custa produzir soja, nos três principais Estados produtores, Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul de acordo com a projeção dos órgãos estaduais responsáveis. Confira:
Mato Grosso
Em seu último relatório, o IMEA divulgou os dados do custo de produção das 4 últimas safras e uma projeção para a safra 21/22 e 22/23, e quando comparados os dados são bastante relevantes.
Se analisarmos os dados da safra 20/21, onde o custo para produzir um hectare de soja no Estado era de R$4.200,00, e na safra 21/22 a projeção é de R$5.190,00, chega-se a um aumento de quase $1.000,00 por hectare.
Se estendermos a busca e compararmos a safra 17/18 com a projeção para a safra 22/23, o dado fica ainda mais alarmante, saindo de R$ 3.630,00 para R$ 7.020,00, um salto de quase 94% em quatro safras. Em apensas duas safras (20/21 x 22/23), o incremento chega a quase incríveis 70%.
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Paraná
No Estado do Paraná, a situação não é diferente. O Departamento de Economia Rural (DERAL) divulgou os dados atualizados, onde mostra que o custo para produzir um hectare de soja na safra 20/21 foi de R$ 3.986,22, já na safra em curso o custo estimado é de R$ 6.300,09.
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Rio Grande do Sul
No Estado mais ao sul do País, a Fecoagro faz o cálculo estimado em números de sacos desembolsados para pagar o custo. Com base nos preços de 1º de novembro de 2021, a indicação é de perda por parte do produtor, na relação de troca, de 48,8% em número de sacas necessárias para pagar o custo total de produção, que era de 26,11 sacas na safra passada. Agora, indica uma necessidade de colher 38,85 sacas.
Já em relação ao desembolso, o produtor precisará colher 26,63 sacas contra 16,90 na safra passada, uma elevação de 57,54%. Isso reduz significativamente a rentabilidade futura apesar dos preços no mercado permanecerem aquecidos.
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Fonte: Mais Soja