Na segunda quinzena de dezembro, o número de avisos de sinistros de seguro rural a seguradoras nacionais superou a marca de 10 mil — conforme reportado pelo Valor Econômico de terça-feira, 18/01. A estiagem presente na Região Sul e parte do Mato Grosso do Sul, além das enchentes em outros Estados, têm sido a principal ameaça climática para fazendeiros e ainda pode provocar quebra de produção nas safras de grãos, segundo a Abramilho.
Em 2021, foi assegurada pelo Programa de subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) uma área aproximada de 14 milhões de hectares, como registrado no Canal Rural — o que corresponde a 21,8% da área total destinada à produção agrícola nacional. Foram 121 mil produtores beneficiados e um total de 218 mil apólices contratadas.
Ainda de acordo com a reportagem do “Valor Econômico”, a atual safra de verão tem seguido um caminho similar. Até o momento, foram, apenas pela empresa Newe Seguros, mais de 6 mil acionamentos. Além da Newe, há mais 14 seguradoras no País que atuam no ramo rural, com cobertura de 14 eventos climáticos diferentes.
No Rio Grande do Sul, Estado fortemente castigado pela estiagem, a Emater/Ascar-RS (Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural / Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural) já recebeu mais de 6.100 comunicados de perdas para uso do Programa de Garantia de Atividade Agropecuária (Proagro), como apontado pelo Correio do Povo.
Já o governo do Paraná, conforme sua Agência Estadual de Notícias, enviou na última terça-feira (18) um ofício à ministra Tereza Cristina (da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) com uma série de sugestões para minimizar a situação dos agricultores paranaenses afetados. O Estado, também prejudicado pela seca, pede maior celeridade nas vistorias, análise e julgamento do pedido de cobertura e na liberação dos laudos periciais do seguro rural e Proagro.
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